Antiracist and Decolonial Lenses for Japanese Language Education:

Examining Criticality Through Creative Work

 

Ryuko Kubota

University of British Columbia

 

A primary focus of language teaching and learning has traditionally been on acquiring language skills and cultural knowledge. However, these activities are embedded in multilayered ideologies related to language, language users, and sociocultural and political contexts, legitimizing normative ways of teaching and learning practices. Recent scholarship in language education has contested these ideologies and offered more justice-oriented perspectives through antiracist and decolonial lenses that are synergically related. Both antiracism and decolonization invite us to delink from racially and culturally majoritarian ways of knowing and doing. They can uncover how normative ideologies about language, race, ethnicity, gender, sexuality, nationality, and other human differences in Japanese contexts shape unique hierarchies of power. In particular, the invisible privilege of whiteness and Japaneseness in racist and colonial frameworks construct social and linguistic experiences of racialized Others in Japan. Their experiences and underlying ideologies are reflected in some recently published creative stories featuring foreign residents in Japan from diverse backgrounds. Critical comparisons of main characters illuminate the complex entanglement of race, language, gender, and other identities, offering pedagogical insights in working with students and teachers from diverse backgrounds.

 

Explorando caminhos: do curso de japonês ao bacharelado em Letras na Universidade Estadual do Ceará – perspectivas em foco.

Laura Tey IWAKAMI

Universidade Estadual do Ceará

 

Nossa história se inicia há 32 anos, com a criação do Curso de Extensão em Língua Japonesa no Núcleo de Línguas da Universidade Estadual do Ceará. Desde 1993, quando iniciamos nossa trajetória de experiências, pioneira no estado do Ceará, viemos seguindo caminhos, apostando no crescimento qualitativo do curso; as dificuldades que enfrentamos inicialmente, serviram, entretanto, como elementos positivos que agregaram no processo de amadurecimento da prática de ensino e de aprendizagem dos professores e alunos.  Em 2006, organizamos um grupo que denominamos de Grupo de Monitoria, no qual participam professores e monitores, cujo objetivo é a formação de professores do próprio curso, a partir de práticas comunicativas, de estudos e discussão sobre didática do ensino do japonês, assim minimizando o problema da falta de professores, dificuldade que enfrentávamos até então.  Com a criação do Laboratório de Estudos Japoneses, o NihongoLab, laboratório misto de Pesquisa e Extensão, institucionalizado na UECE em 2016, estabeleceu-se um vínculo formal da área do Japonês com a Universidade, o que permitiu um reconhecimento de nossas atividades de estudos sobre formação de professores, como também realização de colóquios, oficinas e atividades culturais. Em termos de perfil de estudantes e professores do referido curso, observamos um quadro majoritariamente composto por brasileiros sem ascendência japonesa, representado por mais de 90% dos estudantes matriculados. Em cada semestre o número de estudantes matriculados varia, mas em média mantemos o número de 140 a 150 estudantes.  Nos dados de hoje (março de 2025), são 191 estudantes, somados os de dois Núcleos de Línguas, situados em dois campi da Universidade. Isso nos leva a perceber que esse quadro reflete um ambiente de diversidade cultural e promove multilinguismo como ferramenta essencial para a construção do conhecimento de uma língua japonesa como língua estrangeira.  Assim, a partir desse perfil, levantamos um questionamento sobre as motivações dos alunos e desafios de aprendizagem de uma língua distante da língua materna, para uma investigação de abordagem qualitativa tendo como ferramentas questionários e entrevistas, além de observações de atividades didáticas nas salas de aula do curso de japonês. Pretendemos observar, nos resultados, relação entre o aprendizado do japonês e uma busca por uma formação mais ampla nas áreas de linguística, literatura e tradução, ofertado por um curso de Bacharelado em Letras com ênfase na língua e cultura japonesas. Visando, portanto, a criação de um Curso de Bacharelado em Letras Japonês, hoje as condições básicas, a partir do curso de extensão, estão bastante amadurecidas pela longa trajetória de experiências, pois originou-se uma cultura de conhecimento e de práticas de língua/cultura nipônicas tanto pela difusão e divulgação de elementos culturais, como pelo ensino e aprendizagem do japonês.  Para a UECE, agregamos um novo campo de atuação entre os cursos ofertados, trazendo novas perspectivas e possibilidades de intercâmbio com as culturas do Japão. Em termos geográficos, entre os extensos territórios de um Brasil continental, destaca-se a região Nordeste como a única que ainda não possui um Curso de Graduação em Língua e Literatura Japonesa implantada em uma universidade pública, apontando para a necessidade de sua implementação através da ativação das políticas linguísticas configuradas nas intervenções das autoridades competentes brasileiras e japonesas.

 

Hibridismo Cultural e Linguístico: aportes teóricos que sustentam uma perspectiva de ensino que integra o repertório linguístico de alunos de culturas diferentes e distantes

 

Leiko Matsubara Morales

Universidade de São Paulo

 

Há algum tempo os termos diversidade, pluralidade ou mesmo interculturalidade entrou em moda, ampliando a gama de representações no campo de ensino-aprendizagem. Contudo somente a sua presença não constitui sinônimo de avanços e  tampouco a garantia de sucesso nas práticas pedagógicas no ensino de línguas estrangeiras, especificamente na área de língua japonesa. Muitos materiais didáticos ressaltam as diferenças culturais pela interculturalidade, sem haver, contudo, uma necessária reflexão sobre o seu relativismo, quando não é dado como algo naturalizado. O trabalho busca fazer uma reflexão e trazer exemplos de sua aplicação, no âmbito da Educação Linguística na perspectiva da Linguística Crítica, Decolonialidade, Política Linguística (Kubota, Mignolo, Calvet) para promover a investigação como um forma de ativar e promover uma prática pedagógica consciente na construção identitária do professor de língua japonesa. Como resultado, apresentaremos exemplo de um projeto integrado de Extensão e Pesquisa em programas de iniciação à formação de professores, produção de materiais autênticos na perspectiva decolonial, protagonizados por alunos de Graduação em Letras Japonês de uma universidade pública por meio de articulação com bolsas de permanência estudantil.  

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Colaboração

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