LINK PARA TRANSMISSÃO: 

CLIQUE AQUI

 

Gilberto Mendes transitou por diferentes estéticas, em diferentes fases; teve vários interlocutores (artistas, alunos). O cidadão do mundo, cosmopolita; ao mesmo tempo “caiçara urbano”, deixou importante legado no campo da cultura e da música brasileira. Também se incluem no cerne deste debate as diversas modalidades performáticas: escrita tradicional,  aleatório, multimídia, em transmissão remota (“virtuais”).

 

O Antigo e o Novo no Pensamento de Gilberto Mendes.

Anna Maria Kieffer

 O interesse e a importância de Gilberto Mendes na busca pelo novo, não só como ruptura, mas também como recriação do antigo, desconhecido ou esquecido.

Em torno de  Gilberto Mendes (compositor)

Rita de Cássia Domingues dos Santos

Resumo: Em 2022 comemora-se o centenário de nascimento de Gilberto Mendes (1922-2016). A Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Federal de Mato Grosso, através de programa de extensão coordenado por Rita Domingues dos Santos, está realizando várias ações para homenagear o compositor santista, que envolvem tanto a performance como a composição. O programa de extensão “Centenário Gilberto Mendes na UFMT” engloba três projetos: o “Congresso Gilberto Mendes e seu rizoma”, que já foi realizado no mês de abril; o projeto “Oficinas de ópera e postopera em escolas estaduais de Cuiabá”, que visa apresentar no segundo semestre de 2022 a obra de Gilberto Mendes para alunos cuiabanos, vinculando a produção de Mendes com aspectos da ópera contemporânea; e o projeto “Cartas para Yataro: hommage a Gilberto Mendes”, que engloba neste ano a criação de uma postopera pós- minimalista a partir da obra “Abertura Issa”, de Mendes; e também a estreia em Cuiabá, prevista para o primeiro semestre de 2023, da composição da pesquisadora,  “Cartas para Yataro”. Esta comunicação pretende trazer um destaque sobre estas ações à luz das pesquisas de Rita Domingues dos Santos sobre a obra de Gilberto Mendes, sobre Pós-Minimalismo e sobre questões da ópera contemporânea.

O que é um coral? Reflexões a partir de Gilberto Mendes

Susana Cecilia Igayara-Souza

Nesta apresentação, proponho refletirmos sobre Gilberto Mendes e sua contribuição para a atividade coral como espaço de experimentação, diálogo com o repertório do passado, laboratório de criatividade, espaço prático de geração de novas obras e novas formas de apresentação, exploração de relações entre o oral e o escrito. Gilberto Mendes foi um dos fundadores do Madrigal Ars Viva. Qual o impacto de ter um coralista como ele entre os membros de um coral? Em que medida a vivência coral está presente em sua obra? Em que sentidos a trajetória de Gilberto Mendes pode nos inspirar a termos uma atividade coral sempre renovada e aberta para o desconhecido? No ano do centenário de Gilberto Mendes, que ele seja Inspiração (título de uma de suas obras) e que a ideia de “música nova” ganhe sempre novos contornos nas atividades corais.

O pós-antropofagismo de Gilberto Mendes

Tatiana Catanzaro: 

Gilberto Mendes é uma figura difícil de se cernir. É um espírito livre, que não se deixa limitar em possibilidades de expressão quando elas se fazem necessárias. Em 2010, o CD biográfico a ele dedicado pelo SESC e dirigido pelo seu inseparáveal amigo Jack Fortner descreveu-o como "Vários compositores num só compositor, do modernismo ao pós-modernismo". Há de fato uma miríade de autores que o classificam como um compositor moderno, e posteriormente pós-moderno, mas acreditamos que isso diga pouco sobre o real espírito musical de Gilberto Mendes, ou sobre seu sopro vital no mundo da criação. É por isso que propomos, nessa mesa, a possibilidade de um pós-antropofagismo no mundo mendeliano, descendente da mais pura tradição brasileira de deglutir tudo ao seu redor para transformar em sua própria e idiissincrática linguagem.

Compartilhe!