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Inspirados pela técnica composicional de Gilberto Mendes, os convidados desta mesa-redonda apresentam suas reflexões sobre a música, em interface com diferentes linguagens artísticas (teatro, artes visuais, cinema), além das linguagens midiáticas (televisão, rádio, publicidade): possibilidades, imbricações e a criação do signo novo. Aproximações teóricas e atualidade do pensamento do compositor.

Moderação: Prof. Dr. Fernando Magre

 

Em defesa da memória

Lucia Santaella

A cultura de um país vale pelo filtro da memória que é capaz de manter daquilo que a enriquece devido ao valor de sua qualidade. Esse é o pressuposto que anima esta apresentação cujo objetivo está voltado para o relevo a ser dado à fertilidade criativa das alianças que uniram os poetas concretos, Gilberto Mendes e K. Stockhousen, na constituição de uma ambientação em que música e poesia retroalimentavam-se na sintonia com as vanguardas internacionais. 

 

Gilberto Mendes, a vanguarda e o nacional

Denise Garcia

A produção musical de Gilberto Mendes nos anos 60 se caracteriza por ter sido um período de composição de obras mais experimentais, depois de seu retorno dos Cursos Internacionais de Verão de Música Nova de Darmstadt em 1962. Foi então que, segundo o próprio compositor, ele partiu para a criação de uma música nova e original. No entanto, Gilberto Mendes criou uma música para os grupos musicais que interpretavam sua obra, como o Madrigal Ars Viva. A música de Gilberto desse período conjugava uma sonoridade atual com um nível de dificuldade de performance factível por um grupo musical brasileiro. Neste sentido, por esta e outras características, é uma música muito brasileira, portanto nacional, sem ser nacionalista. É o que vou tentar demonstrar através da análise de alguns exemplos desse repertório.

 

A ressignificação nas obras pós-modernas de Gilberto Mendes

Edson Zampronha

O emprego de referências a outras obras é um dos traços mais visíveis da fase pós-moderna de Gilberto Mendes. No entanto, referências a outras obras é algo muito frequente na música ocidental em geral. O que é efetivamente original no caso de Mendes é o modo como são realizadas, destacando-se de forma especial a ressignificação das referências, as quais vão muito além de simples deslocamentos contextuais de materiais musicais. Nesta fala, sua composição “Recado a Schumann” é utilizada para ilustrar como essas ressignificações aparecem em sua obra, e para demonstrar que não ocorrem de forma nem ocasional, nem superficial. Ao contrário, estão presentes no desenho da obra como um todo, revelando que são parte essencial da estrutura profunda da sua composição musical.

Na onda dos musicais: dos palcos às telas e vice-versa

Rafael Righini


Breve panorama evolutivo do universo dos Musicais, enfatizando a relação entre Teatro e Cinema. Curiosidades de bastidores e destaque para as peculiaridades e características das produções desenvolvidas em nosso país e as influências advindas da Broadway e Hollywood.

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