A XXI Conferência Brasileira de Folkcomunicação reune quatro grupos de trabalho. 

GT 1: Teoria da Folkcomunicação: Fundamentos e Metodologia

Coordenação: Kevin Kossar Furtado (Unicentro) e Karina Janz Woitowicz (UEPG)

Ementa: Este GT tem como foco as discussões teóricas e metodológicas da Folkcomunicação. Visa refletir sobre os suportes que fundamentam as bases epistemológicas da disciplina, bem como sua demarcação no campo da Comunicação Social e as intersecções com outras disciplinas das Ciências Humanas e Sociais. Busca, também, evidenciar o campo da pesquisa, corroborando objetos tradicionais e contemporâneos por meio de métodos de pesquisas que abrigam as complexidades da área. Um GT como este tem fundamental importância para a genealogia da Folkcomunicação, a partir de seu idealizador Luiz Beltrão; para a difusão como disciplina brasileira de Comunicação; e, para a expansão à atualidade como metodologia inovadora nos territórios da diversidade cultural globalizada, com linguagens analógica e digital, em tempos ancestrais e pós-modernos. Também discute as ações de mecanismos folkcomunicacionais que incidem na articulação entre vários atores sociais e instâncias de poder, sejam a sociedade civil, organizações não governamentais, a iniciativa privada, as instituições políticas, ou mesmo, o próprio governo. Cada um exerce seu específico papel comunicacional na consolidação do desenvolvimento local.

GT 2: Expressões da folkcomunicação na cultura popular

Coordenação: Andriolli de Brites da Costa (UERJ) e Adelson da Costa Fernando (UFAM-Parintins)

Ementa: Desdobramentos empíricos, analíticos ou reflexivos, gerados em distintos espaços geográficos e nos múltiplos campos do conhecimento (Artes, Literatura, Jornalismo, Publicidade, Audiovisual, Turismo, Marketing etc.), ancorados nas tradições populares e na agenda midiática, de forma a preservar as identidades culturais. Formatos e tipos folkcomunicacionais, como lendas, literatura de cordel, cantoria, xilogravura popular, modos de expressão legitimados pela religiosidade rústica – como os ex-votos, amuletos e presépios. Formatos lúdicos como bonecos de barros, brinquedos artesanais e brincadeiras de criança. Igualmente, estudos pouco fincados nas raízes históricas da cultura brasileira, como as tatuagens, o funk carioca ou o rap paulista, além de sons e ritmos mestiços, como choro, baião, vaquejada, forró, rasqueado e lambadão. Manifestações como comícios políticos, abaixo-assinados, santinhos de propaganda ou cantos de trabalho.

GT 3: Folkcomunicação Midiática

Coordenação: João Eudes Portela de Sousa (IFCE) e Thífani Postali Jacinto (Uniso)

Ementa: Este GT pretende ser o espaço para a divulgação das pesquisas que envolvem diferentes comunidades e os processos midiáticos, notadamente, rádio, televisão, jornal, internet, propaganda e publicidade, cinema, redes sociais populares, celulares. Entende-se por “mídia” os diferentes veículos de comunicação de massa que, de alguma forma, apropriam-se de elementos da cultura popular, objetivando conquistar audiência e persuadir o público receptor para atingir algum propósito. Atualmente, para se conhecer o cotidiano de uma comunidade, é preciso passar pelas redes sociais de comunicação e identificar os ativistas midiáticos. Pretendemos aprofundar os estudos sobre a forma de operar desses ativistas nas redes folkcomunicacionais em pequenas cidades do interior, bem como em cidades maiores, ou em pequenas comunidades.

GT 4: Processos folkcomunicacionais e ativismos antirracistas

Coordenação: Júnia Mara Dias Martins (UERN/UFRN) e Claudiene dos Santos Costa (UFC)

Ementa: Este GT se propõe a ser um espaço para a apresentação de pesquisas e trabalhos que permeiam as discussões antirracistas bem como o papel dos ativitas midiáticos nesse processo. Entende-se que os processos folkcomunicacionais nascem a partir das estratégias comunicativas existentes nos diferentes grupos e comunidades dos ditos “marginalizados”, ou seja, estão à margem de duas culturas, uma hegemônica e outro típica do próprio grupo. Interessa também por estudos sobre comunidades quilombolas, festas populares, manifestações tradicionais e veículos de expressão da cultura negra, práticas de resistência ao racismo, análises da mídia com foco na raça em diálogo com perspectivas interseccionais, entre diversas outras abordagens envolvendo investigações que discutem as relações entre a mídia e a cultura negra na perspectiva da Folkcomunicação.