Mesa-Redonda

1 LETRAMENTOS LITERÁRIOS COM TEXTOS INDÍGENAS: IMPLICAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE PORTUGUÊS-LITERATURAS

Marcel Alvaro de Amorim (UFRJ)

RESUMO: Nesta comunicação, proponho um (re)pensar sobre o processo formativo inicial de docentes de Português-Literaturas realizado em uma universidade federal brasileira no que tange à consideração e ao trabalho com os saberes originários necessários para os letramentos literários com textos indígenas na educação básica. Nesse sentido, considerando a formação inicial docente como um processo responsivo e responsável (BAKHTIN, [1953] 2016; VOLÓCHINOV, [1929] 2017) – isto é, uma formação que visa a potencializar, junto aos licenciandos, a construção de ferramentas para a criação de inteligibilidades, participação ativa e possíveis transformações sobre as/das práticas educacionais (SZUNDY, 2014) – e os letramentos literários como movimentos contínuos, responsivos e ideológicos de apropriação da literatura como construção de sentidos sobre textos, sobre nós mesmos e sobre a sociedade (AMORIM et al., 2022), é minha intenção debater o modo como o trabalho com saberes indígenas na formação inicial docente pode colaborar para a construção de processos educacionais que, de fato, considerem a diversidade e as potências necessárias para a abordagem de textos indígenas em práticas de letramentos literários desenvolvidas na educação básica. Desse modo, busco escapar de visões branquiocêntricas (LUCIANO, 2017) da formação de professores e contribuir para o desenvolvimento de profissionais que não apenas atendam à Lei 11.645/2008, que torna obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira em instituições de ensino fundamental e médio, mas que, sobretudo, atentem-se à pluralidade de vivências, saberes, fazeres e textos que atravessam e friccionam o espaço socio-histórico-cultural a que chamamos de Brasil.

PALAVRAS-CHAVE: letramentos literários; formação de professores; saberes e textos indígenas.

 

2 NO MEIO A LEITURA LITERÁRIA E, NAS BORDAS, A LEITURA SUBJETIVA E O LETRAMENTO LITERÁRIO

Francisco Neto Pereira Pinto (PPGLLIT/UFNT)

RESUMO: o letramento literário pode ser visto como um parâmetro que definiria uma linha divisória a partir da qual seria possível predicar um leitor como sendo letrado literariamente ou não. Ser letrado literariamente inclui saber e gostar de apreciar textos literários, de modo a reconhecer o trabalho artístico que é realizado com a linguagem nos seus mais variados estratos, como o fônico, morfológico e sintático. Envolve, também, saber relacionar o texto ao contexto cultural maior, como a tradição literária, os movimentos artísticos, os acontecimentos políticos etc. Pode-se mencionar, ainda, a aceitação do pacto ficcional proposto, a não projeção do universo pessoal sobre o texto e não visar objetivos funcionais para a leitura. Por outro lado, a abordagem da leitura subjetiva integra à reflexão sobre o ensino da literatura e da formação do leitor exatamente, ainda que não de maneira exclusiva, a dimensão interditada pelo letramento literário - as impressões pessoais e singulares como expressões do movimento interpretativo do texto lido. Nessa direção, nossa intervenção objetiva interrogar como a leitura subjetiva poderia contribuir para o alargamento da compreensão do que significa ser literariamente letrado, de modo a incluir a capacidade de o leitor relacionar o texto lido ao próprio universo pessoal, remetendo-o, por exemplo, à sua biblioteca interior e à sua história de vida, configurando, assim, a leitura literária em uma leitura implicada e singular.

PALAVRAS-CHAVE: leitura literária; letramento literário; leitura subjetiva

 

3

Diógenes Buenos Aires de Carvalho (UFPI/UESPI)

RESUMO:

PALAVRAS-CHAVE:

Moderador: Dheiky do Rêgo Monteiro Rocha (UFCG/UESPI/CAPES)

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