Sessão 1: GÊNERO NAS LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA.

Andreia de Lima Andrade (UAST/UFRPE)

Maria do Socorro Almeida (UAST/UFRPE)

Ariane da Mota Cavalcanti (UAST/UFRPE)

 

RESUMO: Propõe-se o encontro de reflexões sobre interfaces possíveis entre questões de gênero e produção literária em Língua portuguesa, uma vez que a formação do leitor literário necessita de repertório crítico mediante a hegemonia patriarcal e suas violências materiais e simbólicas. Objetiva-se, assim, acolher trabalhos que pensem as representações, na literatura, de personagens femininas, de masculinidades hegemônicas ou subversivas, de gênero e sexualidade, de gênero e violências sociais e, em geral, de problemáticas do entorno, tais como direitos sexuais e reprodutivos, trabalho doméstico, interseccionalidade entre classe, raça, gênero, dominação colonial, etc. Também são bem-vindas abordagens focadas nas relações entre gênero e literatura no campo particular do ensino e suas implicações didáticas. A proposta mantém conexão teórica com a Crítica feminista (aqui cabe o leque de seus diversos ramos), com os Estudos Decoloniais e campos afins, dialogando com a vasta produção de autores como Judith Butler, Welzer-Lang, María Lugones, Rita Segato, Silvia Frederici, Angela Davis, Patrícia H. Collins, Lélia Gonzalez, entre outros nomes. Os trabalhos podem assumir caráter analítico-teórico ou aplicado.

PALAVRAS-CHAVE: Gênero, Sexualidade, Crítica feminista, Decolonialidade, Literatura, Ensino.

 

Sessão 2: GÊNEROS MANUSCRITOS E/OU DIGITAIS NA ESCOLA DO SÉCULO XXI

Cícero Kleandro Bezerra da Silva (UAST/UFRPE)

 

RESUMO: O advento da internet no século XXI trouxe novas formas de comunicação na modalidade escrita, tais como o chat, direct, dentre outros, o que suscitou uma inovação de gêneros para a referida modalidade em textos tradicionalmente abordados na escola como a carta e o bilhete. Dessa forma, torna-se necessário que os professores de Língua Portuguesa na educação básica discutam sobre o uso desses gêneros entre os anos finais do século XX e as primeiras décadas do presente século, de maneira que, os apresentadores de comunicação oral reflitam sobre a abordagem metodológica dos gêneros escritos na escola mediante esse panorama de evolução tecnológica sobre a escrita, constituindo assim, objetivos do presente trabalho: compreender os gêneros escritos enquanto resultados de um tempo e espaço; destacar a fluidez dos textos escritos; relacionar as características dos gêneros manuscritos aos digitais. No que diz respeito aos aportes teóricos, serão contemplados estudos que tenham embasamento em estudiosos do texto no contexto de ensino, tais como Marcuschi (2008); Antunes (2010); Koch e Elias (2011), dentre outros autores que possam dialogar com os referidos. Sendo assim, serão aceitos trabalhos de comunicação oral em andamento, que realizem discussões sobre a modalidade escrita na língua no ensino da educação básica.

PALAVRAS-CHAVE: Escrita, Escola, Manuscrito, Digital, Evolução Tecnológica

 

Sessão 3: LITERATURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA: DA CRÍTICA À SALA DE AULA.

Daniela Paula de Lima Nunes Malta (---)

Inaldo da Rocha Aquino (PPGL-UFPB / CMCT-SEST)

Janaina de Lima Ferreira (PPGL-UFPB)

 

RESUMO: A proposta dessa Sessão de Comunicação visa discutir pesquisas concluídas ou em andamento nas áreas de: Literaturas Africanas de língua portuguesa, Afro-brasileiras e Língua Portuguesa. Discussões que contemplem à crítica literária que discutam a literatura diante das perspectivas da produção literária de autores africanos a afro-brasileiros que discutam a sociedade, o patriarcado, o matriarcado e a recepção do texto, a luz de estudos de (MBEMBE, 2019); (FANON, 2020), também pesquisas que contemplem a leitura literária desses textos na educação básica que foram marco para discutir o texto literário e a conscientização/condição do homem e mulher negros na sociedade dentro e fora do país, ambos sobre as perspectivas do círculo de letramento literário (COSSON 2006, 2021); (LAJOLO 2001).

PALAVRAS-CHAVE: Leitura literária, Literatura africana de expressão portuguesa, Crítica literária, Literatura e ensino

 

Sessão 4: ESTUDOS EM TEORIA E ANÁLISE LINGUÍSTICA

Dorothy Bezerra Silva de Brito (UAST/UFRPE)

Ebson Wilkerson Rocha da Silva (UAST/UFRPE)

 

RESUMO: Esta sessão de comunicação oral pretende reunir pesquisas sobre fenômenos linguísticos nos níveis fonético-fonológico, morfológico, sintático e semântico, promovendo reflexões que contribuam para o avanço dos estudos na área e, mais especificamente, compreender a estrutura e funcionamento das línguas naturais. As discussões podem versar sobre esses níveis de análise linguística em interface com outras disciplinas, sobre as implicações dos fenômenos estudados com o ensino de língua materna e de língua estrangeira, a partir das perspectivas formal, empírico-descritiva e/ou experimental. Os trabalhos apresentados, concluídos ou em andamento, podem adotar uma perspectiva teórica e/ou descritiva e ter como corpus dados da língua em uso, experimentais ou frutos de intuição. Espera-se proporcionar um espaço que favoreça a troca de conhecimentos entre pesquisadores da área, incentivando a integração de diferentes abordagens metodológicas na investigação linguística.

 PALAVRAS-CHAVE: Teoria e análise linguística. Gramática. Ensino de Gramática

  

Sessão 5: O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO ESPAÇO FORMATIVO: REFLEXÕES NA/DA ESCOLA ACERCA DOS PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS EM RELATOS DE EXPERIÊNCIAS DE FORMAÇÃO

Jane Cristina Beltramini Berto (UAST/UFRPE)

Maria de Fatima Silva dos Santos(UAST/UFRPE)

Lilian Noemia Torres de Melo Guimarães(UAST/UFRPE)

 

RESUMO: Este simpósio congrega trabalhos aplicados, fruto de experiências e pesquisas na educação básica durante os estágios supervisionados, na produção didático-pedagógica e em resultados de implementação didática nos programas de formação com o objetivo de compreender o alcance das orientações metodológicas para a docência do professor em formação inicial e continuada, no trato com as práticas discursivas realizadas nos diversos eixos de ensino da língua – oralidade, leitura, escrita e análise linguística –, como práticas sociais no âmbito escolar. Considerando as prescrições para o ensino, nas orientações curriculares federais (Brasil, 2017), os materiais didáticos e as metodologias difundidas durante as aulas, vislumbramos acolher trabalhos concluídos e em andamento que versem sobre esse escopo, tanto de cunho teórico-aplicado quanto em relatos de experiência nos cursos de formação ofertados.  Voltamo-nos, consubstancialmente, aos procedimentos didáticos empregados nos espaços de formação, de modo a contemplar os Estágios Supervisionados Obrigatórios, a prática pedagógica efetiva do professor regente, nas escolas das redes, campo de estágio. Orientados pelos estudos precursores acerca do ensino dos gêneros discursivos (Bakhtin, 2003) em várias vertentes, tomamos como referência o Interacionismo Sociodiscursivo - ISD (Dolz; Noverraz; Schneuwly, 2010), as prescrições oficiais, orientações curriculares e outras teorias para com base nos procedimentos teórico-metodológicos para as ações pedagógicas que estejam situadas nos programas de formação PIBID, residência pedagógica, nas aulas de estágio Supervisionado para o ensino de Língua Portuguesa e nos diversos campos de formação planejados nas redes de ensino municipal e estadual, considerando a região do sertão do Pajeú, Pernambuco e as ações colaborativas no âmbito do Grupo de Pesquisa em Linguagem e Educação- GEPLE(UAST-UFRPE/CNPq).

PALAVRAS-CHAVE: Estágio supervisionado; Formação docente; Práticas pedagógicas

 

Sessão 6: ENSINO DE LÍNGUA/LINGUAGENS POR MEIO DE GÊNEROS TEXTUAIS ENQUANTO PRÁTICAS SOCIAIS E PERSPECTIVAS DE LETRAMENTOS

John Hélio Porangaba de Oliveira (UESPI)

Barbara Olimpia Ramos de Melo (UESPI)

Darlene Ribeiro da Silva Andrade (UESPI)

 

RESUMO: A proposta desta sessão de comunicação oral visa discutir o ensino de linguagens tanto no contexto da educação básica quanto no contexto superior a partir de uma perspectiva de gêneros e letramentos, fundamentada nos aportes teóricos de Swales (1990; 2004), Bhatia (2004; 2009), Street (2017), Bezerra e Lêdo (2018), Bazerman (2011). O universo educativo enfrenta desafios contínuos na mediação entre práticas sociais de leitura e escrita. Esta sessão busca explorar como o ensino das diversas temáticas da linguística e da literatura se articula por meio de gêneros. Entendemos que letramento, na perspectiva linguística e pedagógica, envolve o desenvolvimento de habilidades intercomunicativas e cognitivas de leitura e escrita para diversos objetivos, em múltiplos contextos de interação. A relevância desta sessão de comunicação oral se dá pela necessidade de compreender e aplicar os gêneros textuais como ferramentas pedagógicas no desenvolvendo de habilidades discursivas e críticas nos estudantes. Os objetivos incluem: discutir a aplicação prática de teorias de gêneros no ensino básico, refletir sobre a integração interativa entre linguagem e contexto, além de acolher práticas educativas que dialoguem com as realidades sociais dos alunos. Serão aceitos trabalhos concluídos ou em andamento, com caráter teórico ou aplicado, além de relatos de experiência que ilustrem a aplicação prática de ensino por meio de gêneros. Esta seção de comunicação é um convite à reflexão e à prática de ensino, respeitando a diversidade cultural e social dos contextos educacionais (escola e universidade).

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de gêneros, Letramentos, Práticas de leitura e escrita, Linguagem em uso, Educação básica e superior.

 

Sessão 7:  PRODUÇÃO TEXTUAL NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: DOS DOCUMENTOS NORTEADORES AOS TEXTOS PRODUZIDOS NA ESCOLA

Kall Anne Sheyla Amorim Braga (UAST/UFRPE)

Eudes Santos (UFAPE)

Lidiane Lira (UPE, Garanhuns)

 

RESUMO: Esta proposta discutirá sobre a produção textual nos anos iniciais do Ensino Fundamental a partir de estudos que refletem sobre textos produzidos por alunos recém-alfabetizados em sala de aula, prática pedagógica docente, análise de documentos normativos curriculares e livros didáticos de Língua Portuguesa.  A perspectiva abrangente da proposta visa a contribuir com a aprendizagem da escrita por alunos da Educação Básica e, ao mesmo tempo, com a formação inicial e continuada de professores de Língua Portuguesa. Durante as comunicações orais, buscar-se-á refletir sobre as seguintes questões: 1) o que tem sido defendido por documentos normativos, como a Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2018), em termos de produção textual escrita; 2) como a fala do professor, em situações de produção textual, pode interferir no texto escrito por seu aluno; 3) como alunos de 6-8 anos de idade constroem suas histórias e as falas de seus personagens? Como alunos dessa faixa etária inserem os elementos referenciais e a pontuação, dentre outros fenômenos, ao escreverem textos em sala: o que dizem? Quais dificuldades (ortográficas, morfológicas, sintáticas, semânticas, textuais) encontram? Para esta comunicação oral serão aceitos trabalhos concluídos ou em andamento, de caráter teórico ou aplicado, de diferentes perspectivas teóricas (Linguística aplicada, Linguística enunciativa, dentre outras). Esperamos que os diálogos desencadeados nesta comunicação oral possam contribuir com o ensino de Língua Portuguesa e com a formação inicial e continuada docente.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino Fundamental; Produção de texto escrito; Documentos curriculares; livros didáticos de Língua Portuguesa; Prática pedagógica docente.

 

Sessão 8: DA LÍNGUA À PRÁTICA: REFLEXÕES SOBRE ENSINO-APRENDIZAGEM DE INGLÊS

Larissa de Pinho Cavalcanti (UAST/UFRPE)

Andrea Lopes da Silva (UAST/UFRPE)

 

RESUMO: A língua inglesa tem sido denominada de diversas formas — língua global, internacional, franca, adicional, segunda língua ou estrangeira — em razão de sua desterritorialização e do seu papel central nas comunicações em larga escala (Jenkins, 2015; Finardi, 2011). Cada uma dessas perspectivas implica diferentes concepções teóricas sobre a língua e sobre o fazer docente, influenciando discussões sobre identidade do falante, valorização do falante nativo, ideologias presentes nos materiais didáticos e construção do processo de ensino-aprendizagem (Norton, 2013). Essas questões têm sido redirecionadas para além do assimilacionismo e do imperialismo predominantes até os anos 2000, com abordagens que consideram práticas translinguísticas e relações cosmopolitas (Canagarajah, 2013). No campo da formação docente, a proposta de Kumaravadivelu (2003) sobre macroestratégias para o ensino de línguas sugere um ensino mais crítico e contextualizado, aspecto especialmente relevante no contexto de universidades descentralizadas. Diante desse cenário, nosso objetivo é fomentar um espaço de debate sobre o ensino-aprendizagem de língua inglesa, considerando tanto sua materialidade verbal quanto as práticas, experimentações e produções didático-metodológicas. Serão aceitas pesquisas teóricas e aplicadas, bem como relatos de experiência que possibilitem reflexões sobre o papel da língua inglesa no mundo e sobre as múltiplas configurações do trabalho docente. Esperamos contribuir para discussões sobre interpretação de documentos norteadores, como a Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2018), produção de material didático e mediação pedagógica em sala de aula, considerando as metodologias, ideologias e crenças que permeiam esse processo (Borg, 2006; Richards; Rodgers, 2014).

 PALAVRAS-CHAVE: Língua inglesa, Pronúncia, Comunicação oral.

 

Sessão 9: LETRAMENTOS E ABORDAGENS PARA ENSINO DE LÍNGUA E LITERATURA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: PRÁTICAS, REFLEXÕS E TEORIZAÇÕES

Paulo Roberto de Souza Ramos (UFRPE)

Valéria Silveira Brisolara (UNISINOS)

Wellington Marinho de Lira (UEADTec/UFRPE)

 

RESUMO: Esta sessão de comunicações visa oportunizar um espaço de trocas a partir da práxis docentes, de reflexões sobre as atividades de ensino-aprendizagem e teorizações sobre o trabalho com língua e literatura , particularmente na Educação Básica, mas também em outras modalidades de ensino.  Com a premissa de que  ensinar e aprender são processos que se retrolimentam, busca-se fomentar analogamente discussões que utilizem a prática docente como ponto de partida para se teorizar sobre questões educacionais e que vejam na aplicação de achadas da literatura da área de ensino de língua e literatura um ponto de partida para intervenções e tomadas de decisões informadas sobre como proceder em ambientes d eensino.  A BNCC, em relação ao inglês, propõe uma ênfase na comunicação efetiva, nas questões de interculturalidade e que seja fomentada a autonomia  dos alunos e alunas. Docentes de português como língua materna podem também usar tais premissas nas suas aulas, pois como escreve a professora Rosa Mattos e Silva, “ o português são dois” – na verdade , o português brasileiro é uma pluralidade. Por sua vez, o ensino de literatura  deve também encontrar formas se constituir em ferramenta de trabalho voltada não somente para linguístico, no seu sentindo sistêmica, mas especialmente para o social e tudo que esse aspecto engloba. A Escola precisa voltar seus esforços para um letramento literário que colabore com a formação de cidadãos e cidadãs criticos/as  e capazes de  fazer a ponte entre o mundo ficcional e as diferentes realidades raciais, de gênero e geográficas da vida em sociedade; vida que é caracterizada pelo heterogêneo e o diverso. Assim sendo, com vistas a questões de letramento e abordagens de ensino, vamos acolher propostas de trabalhos concluídos ou em andamento das linhas Língua Inglesa;  Eixos de Ensino de Língua Portuguesa; Letramento Literário,  entre outras abarcadas pelo evento.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino-aprendizagem; língua literatura; letramento; abordagens de ensino.

 

Sessão 10: TEORIA E CRÍTICA: CAMINHOS DO PENSAMENTO NO SÉCULO XXI

Rafaela Rogério Cruz (UAST/UFRPE)

Kleyton Ricardo Wanderley Pereira UFRPE/UAST

 

RESUMO: O que significa fazer teoria? Quais são as suas implicações para a leitura e a interpretação dos fenômenos culturais e da produção literária? Esta sessão de comunicação oral propõe um debate sobre os principais movimentos teóricos que moldaram o pensamento crítico ao longo do século XX e continuam a influenciar os estudos literários e culturais no século XXI. Discutiremos diferentes abordagens teóricas – do estruturalismo ao pós-estruturalismo, do marxismo à psicanálise, do feminismo aos estudos pós-coloniais e ao pensamento decolonial, passando pelas novas perspectivas da teoria política – e suas contribuições para a compreensão dos textos e do mundo. Mais do que mapear essas correntes, a sessão se justifica pela necessidade de, em momentos de crise, pôr as teorias à prova e questionar seus limites, possibilidades e relevância. Como essas abordagens iluminam nossa interpretação da realidade? Até que ponto elas oferecem ferramentas para agir sobre ela? Em um cenário de intensas transformações políticas, sociais e culturais, refletir criticamente sobre os fundamentos teóricos que orientam nossa leitura do mundo torna-se um exercício fundamental. Convidamos pesquisadores e pesquisadoras a apresentar trabalhos que explorem esses e outros aspectos do pensamento teórico, seja em análises conceituais, seja na aplicação de referenciais teóricos a textos literários e culturais. Nosso objetivo é fomentar um espaço de discussão interdisciplinar, em que o estudo da teoria crítica se afirme como um campo dinâmico e em constante transformação.

 PALAVRAS-CHAVE: Teoria; Crítica; Estudos Literários.

 

Sessão 11: EDUCAÇÃO INCLUSIVA E FORMAÇÃO DOCENTE

Roseane Amorim da Silva (UAST/UFRPE)

Fátima Soares da Silva (UAST/UFRPE)

 

RESUMO: A presente sessão de comunicação oral tem como objetivo discutir a perspectiva da educação inclusiva na formação de docentes de diferentes áreas do conhecimento, no sentido de que esses em suas práticas profissionais atuem de modo que a inclusão não fique restrita ao campo da teoria, mas que teoria e prática caminhem de forma conjunta, como deve ser. Nesse sentindo buscaremos discutir trabalhos que abordem diferentes aspectos do campo da inclusão, considerando pessoas com transtornos do desenvolvimento, pessoas com deficiência, estudantes negros/as, indígenas, quilombolas, LGBTQIA+, entre outros grupos, pois acreditamos em uma escola que é para todos/as, independente de gênero, classe, raça, etnia, orientação sexual, lugar de moradia, e condições de transtornos e/ou deficiências. Essas temáticas precisam ser discutidas na formação de docentes no sentido de pensar estratégias de ensino, práticas pedagógicas, avaliação dos/as estudantes, de modo a contribuir com o acolhimento e o aprendizado de todos/as/es.

PALAVRAS-CHAVE: Educação inclusiva, formação docente, diversidade

 

Sessão 12: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DECOLONIAIS: ARGUMENTAÇÃO, INTERCULTURALIDADE, DIVERSIDADE E IDENTIDADES NO ENSINO DE LÍNGUAS

Suzana Ferreira Paulino (UFRPE)

Julia Larré (UFRPE)

Joelma Carla da Silva

 

RESUMO: O ensino de línguas, em contextos plurais e interculturais, demanda uma abordagem que considere as complexidades das identidades, das práticas culturais e da diversidade. As práticas pedagógicas decoloniais se configuram como uma estratégia para desconstruir os modelos eurocêntricos e promover a valorização de saberes e práticas locais. Este tema é cada vez mais relevante no cenário educacional contemporâneo, no qual a inclusão e a valorização de diversas perspectivas culturais são fundamentais para o desenvolvimento de uma educação crítica e transformadora. Nesse contexto, a proposta desta sessão visa discutir práticas pedagógicas decoloniais no ensino de línguas, focando nas dimensões da argumentação, interculturalidade e na construção de identidades plurais. Busca-se fomentar uma reflexão crítica sobre como as abordagens decoloniais podem contribuir ao fortalecimento de um ensino que respeite a diversidade cultural, promova a construção de identidades plurais e favoreça o desenvolvimento de competências argumentativas, em um processo de ensino-aprendizagem mais inclusivo. Para tanto, a sessão se baseará em teorias decoloniais que propõem a insubordinação às imposições coloniais. Recorreremos a Freire (2016), Walsh (2013), Mignolo (2005), Grosfoguel (2005), Quijano (2010), Mota Neto (2016), entre outros estudiosos da pedagogia decolonial, considerando as implicações de suas abordagens na prática pedagógica de ensino de línguas. Serão aceitos trabalhos concluídos ou em andamento, teóricos ou aplicados, incluindo relatos de experiência, estudos de caso, e projetos de intervenção pedagógica que abordem temas como práticas pedagógicas decoloniais e críticas de ensino de línguas, educação antirracista, plurilinguismo, interdisciplinaridade, línguas e literaturas marginalizadas, materiais didáticos, argumentação escolar crítica, reconfiguração curricular, práticas educativas inclusivas, representatividade e empoderamento linguístico, inter e pluriculturalidade, identidades e diversidade linguístico-cultural, cidadania linguística, educação, democracia e justiça social, entre outros, contemplando como as práticas decoloniais podem ser implementadas no ensino de línguas, seja em sala de aula, seja em contextos mais amplos de formação de professores e comunidades.

PALAVRAS-CHAVE: Práticas pedagógicas, Decolonialidade, Ensino de línguas, Interculturalidade, Diversidade.

 

Sessão 13 - EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA E JUSTIÇA SOCIAL: PROPOSTAS PARA UM FLORESCER PEDAGÓGICO

Mauricio José Souza Neto (IFBA/FAPESB)

 

RESUMO: A língua é semente, terra e raiz. É na palavra que a educação pode germinar, florescer e frutificar em práticas comprometidas com a justiça social. Mas de que adianta plantar se o solo é árido? Como esperar colheita em um campo marcado por violências epistêmicas, por políticas linguísticas que silenciam e excluem? Como nos ensinam Jonathan Rosa e Netta Avineri (2018), a linguagem é um campo de disputa, um espaço onde se moldam desigualdades, mas também onde se constroem possibilidades de transformação. A educação linguística não pode se limitar à gramática normativa nem à neutralidade ilusória da comunicação eficaz. Como argumenta Paulo Freire (1971, 1996), a língua é ação e reflexão, palavra que transforma o mundo. Gloria Ladson-Billings (2021) nos lembra que uma pedagogia verdadeiramente comprometida com a justiça social precisa ser culturalmente relevante, reconhecendo os saberes e as vozes historicamente marginalizadas. No Brasil, Aparecida de Jesus Ferreira (2006, 2014) e Gabriel Nascimento (2019) denunciam as violências raciais inscritas na linguagem e nas políticas educacionais, enquanto Luiz Rufino (2019) nos convida a pensar uma pedagogia das encruzilhadas, onde a oralidade, o corpo e a ancestralidade rompem os muros do ensino tradicional. bell hooks (1994) nos inspira a transgredir, a criar espaços educativos onde o amor e a luta se entrelaçam. Pensando nisso, é objetivo desta sessão reunir trabalhos de pesquisadores, estudantes, educadores e ativistas que acreditam na educação linguística como um ato de resistência. São propostas que se recusam ao conformismo e que, em meio ao concreto das desigualdades, insistem em abrir frestas para que as palavras brotem livres. Porque ensinar línguas não é apenas ensinar regras, mas cultivar futuros. E florescer é um verbo revolucionário.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Linguística; Justiça Social nas Linguagens; Pedagogia da Resistência.

 

Sessão 14 – ESTUDOS DO TEXTO

Bruno Huann da Silva Nogueira (AESET)

 

RESUMO: Esta sessão de comunicação se propõe a congregar pesquisas e estudos de pesquisadores interessados nos estudos do texto. Em outras palavras, trata-se de um espaço que busca reunir e discutir trabalhos que tomam como aparte teórico básico as contribuições da Linguística Textual (LT). Tal espaço de reflexão se justifica pela necessidade de promover uma maior aproximação de trabalhos que se alinham aos postulados da LT, ainda mais pelo fato dos ambientes e plataformas digitais permitirem essa aproximação. Para esta sessão de comunicação, são bem-vindos todos os trabalhos interessados nos estudos do texto, sobretudo, os estudos que se encontram no lastro das pesquisas pioneiras dos professores Luiz Antônio Marcuschi (2012 [1983]; 2007; 2008) e Ingedore Koch (2010[1989]; 1997[2020]; 2000; 2004), bem como de estudos mais atuais, desenvolvidos pela professora Mônica Magalhães Cavalcante (2015; 2019; 2020). Em convergência com tais pesquisadores, entendemos o texto como uma unidade de comunicação e de sentido em contexto (Adam, 2019; Cavalcante et al. 2019; Cavalcante et al. 2022). Tomando por base essa concepção, essa sessão de comunicação busca ainda ser um espaço de discussão de investigações que tomam variadas categorias de análise do texto, como: a referenciação, coerência e coesão, a intertextualidade, o tópico discursivo, o ponto de vista, dos aspectos da tecnodiscursividade, ou seja, o estudo dos textos em ambientes digitais, além das pesquisas que observam a argumentatividade nos textos. Para tanto, serão aceitos trabalhos concluídos ou em andamento de pesquisadores de variados níveis (graduação, mestrado e doutorado), bem como serão aceitos trabalhos teóricos e aplicados, ou seja, trabalhos que se voltam para experiências desenvolvidas em sala de aula (tanto no nível básico, como superior) que tomam o texto como objeto e a LT como aporte teórico.

PALAVRAS-CHAVE: Texto, Linguística de Texto, Análise de Texto.

 

Sessão 15 – OLIMPÍADAS DE LINGUÍSTICA NA ESCOLA: EM BUSCA DA COGNIÇÃO NATURAL NA ERA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Eduardo Cardoso Martins (UFAM)

Rodrigo Pinto Tiradentes (OBL)

 

RESUMO: O sucesso de qualquer projeto científico depende, até certo ponto, de uma organização institucional sólida e de um treinamento efetivo dos pesquisadores. Nenhum empreendimento acadêmico acontece num vácuo epistemológico, isto é, sem uma conjuntura que sustente suas teorias e práticas (MARTINS, 2022). Nesse sentido, o objetivo desta comunicação é analisar as bases historiográficas das Olimpíadas de Linguística, desde a criação do Departamento de Linguística Teórica e Aplicada (OTiPL) da Faculdade de Filologia da Universidade Estatal de Moscou Lomonóssov (MGU), na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em meados dos anos 1960, até o atual abrigo institucional desses eventos intelectuais em Departamentos de Línguas, de Matemática e de Computação em diversos países. A cultura organizacional do OTiPL desempenhou um papel excepcionalmente importante, pois fomentou uma comunidade científica muito produtiva, inovadora e relativamente desencaixada da estrutura padrão dos acadêmicos soviéticos desde a sua fundação. Nossa comunicação baseia-se na pesquisa bibliográfica com foco nos relatos ou testemunhos escritos por ex-alunos do OTiPL, além da revisão de publicações da MGU que demonstraram como resultado a influência da perseguição do Partido Comunista, da refutação das teorias pseudocientíficas, do surgimento do movimento chamado de Linguística Matemática, do interesse por problemas aplicados (não apenas teóricos), do desenvolvimento da tradução automática e até do clima fomentado pela corrida espacial na conjuntura que constituiu as primeiras Olimpíadas de Linguística na URSS. Demonstrar os componentes historiográficos desses eventos intelectuais nos permite visualizar o mosaico de competências e habilidades necessárias naquele contexto de educação, que atuava com modelos lógico-formais das línguas naturais, capazes de produzir informação sobre diversos idiomas para sistemas automatizados, e como as Olimpíadas de Linguística construíram uma metodologia ativa interessante para o aprendizado de línguas mesmo ante o avanço das inteligências artificiais.

PALAVRAS-CHAVE: Historiografia, Linguística, Cognição Humana, Olimpíadas do Conhecimento

 

Sessão 16 – LETRAMENTO ACADÊMICO ESCRITO: POR UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR

Julia Maria Raposo Gonçalves de Melo Larré (UFRPE)

 

RESUMO: O letramento acadêmico escrito é uma habilidade essencial ao sucesso no ensino superior, sendo um dos pilares do conhecimento e da participação ativa nas práticas acadêmicas. No entanto, a produção de gêneros textuais acadêmicos impõe dificuldades aos estudantes, podendo impactar sua saúde mental e seu engajamento com o processo de aprendizagem. A prática inclusiva no ensino superior, que considere a diversidade de ritmos e contextos dos discentes, torna-se necessária à promoção de um ambiente mais humanizado, que favoreça o desenvolvimento do letramento crítico-reflexivo. Compreendemos que a diversidade de experiências acadêmicas demanda práticas que integrem diferentes saberes e abordagens, respeitando as especificidades culturais e contextuais de cada aluno. Esta oficina tem como objetivo capacitar docentes e discentes para a prática do letramento acadêmico escrito inclusivo, que valorize os diversos estilos de aprendizagem, promovendo o desenvolvimento de habilidades argumentativas e escritoras, refletindo sobre a saúde mental da comunidade acadêmica. Refletiremos e elaboraremos uma proposta coletiva com estratégias para promover uma escrita acadêmica inclusiva. O Conteúdo Programático contemplará: Fundamentos da escrita e do letramento acadêmico escrito no ensino superior; Gêneros textuais acadêmicos: características, funções e desafios da escrita acadêmica em diferentes áreas do conhecimento; Práticas humanizadas no ensino superior: inclusão, respeito à diversidade, e o papel do professor no enfrentamento e na promoção de bem-estar no contexto acadêmico; e Estratégias pedagógicas para o ensino de letramento acadêmico: práticas e metodologias inclusivas e inovadoras. Metodologicamente, a oficina será conduzida de forma participativa, combinando exposição teórica, discussões em grupo, atividades de produção de propostas de práticas pedagógicas acadêmicas humanizadas. Haverá momentos de acolhimento das experiências dos participantes e de reflexão sobre dificuldades e estratégias de superação no processo de escrita acadêmica. A bibliografia será composta por: Soares, M. Letramento: um tema em três gêneros (2004). Kleiman, A. O letramento na educação superior: diálogos possíveis (2006). Mello, S. Saúde mental no ensino superior: desafios e práticas de acolhimento (2020). Santos, B. S. A universidade no século XXI: para uma universidade nova (2002). Cruz, R. N. Becker e o silêncio sobre a escrita na pós-graduação: soluções antigas para o cenário brasileiro atual? (2018). Motta-Roth, D.; Hendges, G. R. Produção textual na universidade (2010). O público-alvo será formado por docentes, graduando e pós-graduandos que atuam ou se interessam por letramento acadêmico escrito inclusivo. Serão disponibilizadas 20 vagas. Para o desenvolvimento da proposta serão necessários: sala equipada com projetor multimídia, quadro branco, pilotos e textos de apoio impressos.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento acadêmico, Gêneros textuais, Humanização, Ensino superior.

  

Sessão 17 – VIVÊNCIAS LITERÁRIAS: O LIVRO DA MINHA VIDA

Valdene Moura Lopes (Docente-BA)

Geroncio Silva Barbosa (---)

 

RESUMO: Esta sessão de comunicação pretende oportunizar a participação de estudantes do Ensino Fundamental e Ensino Médio e seus respectivos professores em um evento que possibilite a imersão desses estudantes no universo acadêmico. Esta iniciativa tem como base a proposta constante no Programa do governo federal para os Anos Finais do Ensino Fundamental, intitulado "Escola das Adolescências", que visa promover "Ações de Transição" com o objetivo de permitir uma vivência do estudante com a etapa que irá cursar no ano seguinte, promovendo interação entre os aprendizes, e assim reduzindo os riscos de abandono escolar e evasão. Propõe-se que os estudantes e seus respectivos professores apresentem trabalhos realizados na disciplina de Língua Portuguesa, Redação, Literatura(s), que versem sobre obras de autores nacionais, lidas por eles, que façam ou não parte do cânone literário. Espera-se que seja demonstrada a proposta da atividade realizada pelo professor e o trabalho apresentado pelo estudante em sala de aula, a partir da obra lida. Serão aceitos trabalhos de estudantes do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental, e também de estudantes do Ensino Médio em coautoria com seus respectivos professores.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura, Vivência, Interação.