INFORMAÇÕES GERAIS

Inscreva-se: https://doity.com.br/i-congresso-nacional-de-linguistica-na-educacao-basica-xv-semana-de-letras-da-uastufrpe/inscricaohttps://doity.com.br/i-congresso-nacional-de-linguistica-na-educacao-basica-xv-semana-de-letras-da-uastufrpe/inscricao

Data de Inscrição: De19/04 até durarem as vagas.

Minicursos: 09

Duração dos Minicurso: Cada minicurso tem duração de 6 horas, distribuídas nos dias 07/05 (quarta-feira) das 13:30 às 15:30 e 08/05 (quinta-feira) das 13:30 às 15:30. 

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Minicurso 1 - Presencial

Tema: A PRONÚNCIA EM LÍNGUA INGLESA: DA TEORIA À PRÁTICA

Ministrantes:

  Andrea Lopes da Silva (UAST/UFRPE) é Mestra em Linguística (PROLING/UFPB).É membro do Núcleo de Estudos em Política e Educação Linguística - NEPEL (UFPB/CNPq).

Link do currículo Lattes: https://lattes.cnpq.br/8029104330143800

 

 

 

 Larissa de Pinho Cavalcanti (UAST/UFRPE) é Docente Adjunta da Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE-UAST). Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Pernambuco (2017).

Link do currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7660087236639667

 

 

Resumo do minicurso:

A produção oral é sustentada como marcador essencial da fluência em uma língua que se aprende, todavia, na escola básica a oralidade parece sempre preterida ao aprendizado das estruturas por meio da leitura e da escrita. A falta de prática e familiaridade com os sons da língua pode gerar insegurança e fazer com que sujeitos não se compreendam como falantes (usuários) da língua, o que tem implicações severas para a formação de professores e para o ensino de línguas na educação básica. Considerando que a oralidade é um dos eixos articulados para o ensino de línguas no documento norteador da educação brasileira, o objetivo desse minicurso é apresentar a professores em formação estratégias para ensino explícito e implícito da produção oral, tanto no sentido articulatório quanto comunicativo. No primeiro dia, discutiremos os sons da língua inglesa e sua representação, e discutiremos as similaridades entre os sons da língua inglesa e da língua portuguesa com ênfase nos sons vocálicos; no segundo dia, com ênfase nos sons consonantais, apresentaremos os diferentes sotaques da língua inglesa em uma perspectiva crítica, e finalizamos com práticas comunicativas que permitam exercitar a articulação dos sons para uma fala inteligível. Trabalharemos com base em Celce-Murcia, Brinton, Goodwin (2014), Dalton e Seidlhofer (2017), Baratta (2019), Bettoni e Rizzi (2020), Derwing e Munro (1997), Lopes e Baumgartner (2019), Siqueira (2015), Brasil (2018).

Minicurso 2 - Presencial

Tema: Leitura literária e enfrentamento do feminicídio no Brasil

Ministrante:

 Ariane da Mota Cavalcanti (UAST/UFRPE) Possui graduação em Letras (UFPE), Mestrado e doutorado em Teoria literária (UFPE). É     professora adjunta na graduação em Letras da UFRPE-UAST.

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Resumo do minicurso:

Em 2024, o feminicídio teve sua sanção aumentada no Código Penal brasileiro, no entanto, entende-se que, para além da função punitiva do Estado, são necessárias ações na esfera da Educação para o enfrentamento do problema em nossa sociedade, que assiste à permanência histórica de crimes violentos letais intencionais contra mulheres. O presente minicurso, acreditando no caráter urgente do debate e apostando na necessidade de sua continuidade a longo prazo nos espaços da Educação básica e do Ensino Superior, tem como objetivo formar docentes para a mobilização da leitura literária como um caminho possível, no campo da cultura, para o enfrentamento desse tipo de violência. Como conteúdo programático propõe-se o estudo teórico sobre a violência contra mulheres e, em especial, sobre o feminicídio no país (causas, consequências, formas de realização), bem como de suas manifestações no campo literário.  A bibliografia de referência segue a produção teórica feminista nos campos da sociologia e da crítica literária ocupadas com o problema (PORTELLA, 2020; GOMES, 2023). A metodologia inclui aula expositiva sobre o tema de cunho teórico e dinâmicas de leitura e debates coletivos de contos brasileiros do século XIX ao XXI atravessados por assassinato de mulheres. 

Minicurso 3 - Presencial

Tema: REVISÃO TEXTUAL NO ENSINO FUNDAMENTAL

Ministrante:

  Kall Anne Sheyla Amorim Braga (UAST/UFRPE) é Doutora em Educação. Professora adjunta da UFRPE/Uast. Docente do PPGLL/Ufal. Estuda sobre produção textual (pontuação, discurso reportado) e didática da escrita.Doutora em Educação. Professora adjunta da UFRPE/Uast. Docente do PPGLL/Ufal. Estuda sobre produção textual (pontuação, discurso reportado) e didática da escrita.

Link do currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9420229007650053

 

 

Resumo do minicurso:

Este minicurso tem por objetivo refletir sobre a estratégia de revisão textual no Ensino Fundamental. Inicialmente, haverá diálogo sobre o que caracteriza a produção textual escrita. Depois, nosso diálogo enfatizará a estratégia de revisão textual e, também, o processo de reescrita. Durante o minicurso, mediante a inter-relação entre estudos sobre a produção e a revisão textuais (Coelho; Antunes, 2010; Hayes, 1996; Hayes; Flower, 1980; Koch; Elias, 2011; Lima, 2024; Marcuschi, 2008; Menegassi, 2010; Menegassi et al., 2016; Moterani; Menegassi, 2013; Oliveira, 2010; Soares, 2023), análise de documentos didático-curriculares (Brasil, 1997, 1998, 2018; Ormundo; Siniscalchi, 2018), práticas docentes e textos produzidos por escolares, refletiremos sobre as seguintes questões: o que é a revisão textual? Qual a relação entre a revisão, a leitura e a reescrita de um texto? Como a estratégia de revisão textual pode contribuir com a produção de texto realizada em sala de aula? Como o professor pode colaborar com o processo de revisão e de reescrita textual de seus alunos? Atualmente, a educação escolar brasileira possui a Base Nacional Comum Curricular (2018) como documento norteador. Durante o minicurso, também iremos refletir como a Base Nacional Comum Curricular compreende a revisão textual. Em nossos diálogos haverá, ainda, análise da revisão textual em livros didáticos de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental. Este minicurso espera contribuir com o processo de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa, particularmente no relativo à produção textual escrita.

Palavras-chave: produção de texto escrito; revisão textual; documentos curriculares; livros didáticos de Língua Portuguesa; prática pedagógica docente.

Minicurso 4 - Presencial

Tema: A EDUCAÇÃO POSITIVA COMO O CAMINHO PARA UMA EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA: COMO UMA EDUCAÇÃO AMOROSA PODE REVOLUCIONAR O MUNDO

Ministrantes:

Marcela Cássia Sousa de Melo Benício Figueiredo (UAST/UFRPE) é Professora da UFRPE-UAST, doutora em Filosofia, co-coordenadora do Mal-ditas: Laboratório de Estudos sobre Mulheres, Filosofia e Humanidades e do Projeto Mãedacaru: Rede de apoio entre mulheres-mães.Professora da UFRPE-UAST, doutora em Filosofia, co-coordenadora do Mal-ditas: Laboratório de Estudos sobre Mulheres, Filosofia e Humanidades e do Projeto Mãedacaru: Rede de apoio entre mulheres-mães.

Link do currículo Lattes:https://lattes.cnpq.br/7276037458536539

 

Suiane Valença Brandão (UAST/UFRPE) é Professora da UFRPE-UAST, doutora em Administração(na linha de Organização e Sociedade),consultora Ad Hoc de produção acadêmica e co-coordenadora do Mãedacaru: Rede de apoio entre mulheres-mães.

Link do currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9055757760457782

 

 

Resumo do minicurso:

Esse minicurso tem como objetivo promover a discussão sobre Educação positiva, que tem como base: o diálogo, o respeito mútuo, a solução pacífica de conflitos, o incentivo à participação da criança, a desmistificação da crença do mau comportamento, o estímulo para o desenvolvimento das capacidades da criança, as demonstrações de afeto, a resposta sensível às necessidades, entre outras questões. Iremos debater esses assuntos por meio de estudos bibliográficos sobre o tema, utilizando obras como “A raiva não educa, a calma educa” e “Pais feridos, filhos sobreviventes” de Maya Eigenmann, “Educação não violenta” de Elisama Santos e “Uma Civilização Centrada na Criança” de Laura Gutman, Baseados em estudos como esses, discutiremos, também, sobre algumas práticas que nos ajudem a promover essa educação amorosa e a repensar as nossas práticas educacionais (sejam na escola, sejam no ambiente familiar), objetivando a construção de uma sala de aula respeitosa, de relações sociais mais gentis e, consequentemente, de uma comunidade transformadora e revolucionária.  Esse, portanto, é um convite para pensarmos juntos (as) sobre a importância da infância durante toda a nossa vida e de como é importante cuidarmos disso com amor e respeito. O amor pode revolucionar o mundo, e acreditamos que a educação positiva é o caminho para essa transformação. Aceitam o convite?

Palavras-chave: educação positiva; infância; educação amorosa.

Minicurso 5 - Presencial

Tema: Introdução à Psicolinguística

Ministrante:

Ricardo Tavares Martins (UFC/IFSertãoPE) é Doutorando em Linguística pelo PPGL-UFC , é Graduado e Mestre em Letras e atua como Professor EBTT de língua inglesa no IFSertãoPE.

Link do currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7602329111396972

 

 

Resumo do minicurso:

A psicolinguística, que surge da intersecção da psicologia com a linguística, vem se popularizando mundialmente desde a década de 1970, mas apenas mais recentemente também no Brasil. Ela tem se tornado um importante campo para pesquisas e estudos em aquisição e processamento da linguagem humana, estreitando laços com a pesquisa aplicada, sobretudo aplicada às questões de ensino-aprendizagem de línguas, sejam elas maternas ou estrangeiras. Por meio de uma metodologia expositiva, esse minicurso objetiva apresentar uma introdução à área da psicolinguística com seus principais pressupostos teóricos e principais técnicas/práticas de pesquisa dessa área, bem como apresentar e discutir sua aplicabilidade direcionada ao ensino-aprendizagem de línguas. Para tanto, será utilizado o referencial teórico de Cowles (2011), de Eysenck e Mark (2017) e de Oliveira e Sá (2022) num conteúdo programático que envolve desde as bases teórico-históricas da psicolinguística, passando pelos principais temas de pesquisa/estudo nessa área e encerrando nos estudos aplicados de psicolinguística. Por tratar-se de um curso introdutório, é ideal para alunos de graduação e pós-graduação lato e stricto sensu, bem como professores de línguas. Referências COWLES, Wind. Psycholinguistics 101. Springer Publishing Company, 2011. EYSENCK, Michael; KEANE, Mark. Manual de psicologia cognitiva. Tradução: Luís Fernando Marques Dorvillé e Sandra Maria Mallmann da Rosa. – 7ª ed. – Porto Alegre: Artmed, 2017. OLIVEIRA, Cândido Samuel Fonseca De; SÁ, Thaís Maria Machado De. Métodos experimentais em psicolinguística. Org. - 1ª ed. - São Paulo: Pá de Palavra, 2022.

Minicurso 6 - Presencial

Tema: MULTIMODALIDADE NA SALA DE AULA DE ENSINO MÉDIO: CONTRIBUIÇÕES À LEITURA CRÍTICA

Ministrantes:

Silvania Maria de  Silva Amorim Cruz (Unicentro- PR/ SEC-PE) é Doutoranda no Programa de Pos Graduação em Letras - Unicentro ( Guarapuava-PR). Professora da rede pública de Pernambuco.

Link do currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2931674928715770

 

 

Jane Cristina Beltramini Berto (UAST/UFRPE) é Professora Adjunta no curso de Letras (UAST-UFRPE). Doutora em Letras -UEM)

Link do currículo Lattes: https://lattes.cnpq.br/5158679260858327

 

 

 

Resumo do minicurso:

O crescente uso de diferentes recursos da linguagem, nos mais variados textos e contextos, traz uma enorme carga de informações visuais, levando-nos à necessidade de verificarmos os textos de forma integrada, desfazendo ou minimizando a dicotomia entre os estudos da linguagem escrita e de outros modos (Kress e van Leewen, 1996). Dado o exposto, este trabalho tem como objetivo analisar os recursos semióticos responsáveis pela construção ideológica de alguns enunciados. Abordamos algumas contribuições dos estudos em Análise de Discurso Crítica- ADC, visando enfatizar a não neutralidade dos discursos propagados pelas mídias de modo a desenvolver no aluno do Ensino Médio um olhar crítico frente a tais textos, a partir de uma visão de discurso. Dado o exposto, nossa pesquisa é fundamentada em alguns autores como, Dionísio (2005), Kress e van Leeuwen (1996), Van Dijk (2015) e Vieira (2015, 2018), na perspectiva da multimodalidade e da ADC no ensino de língua materna. A relevância desse estudo mostra-se, ainda mais, com a Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2018), em seu eixo Análise Linguística/Semiótica, que traz habilidades que exigem o trabalho com a multimodalidade, pois tais habilidades pretendem desenvolver no estudante o “poder semiótico”, para isso, portanto, ele precisa analisar todos os recursos que compõem os textos. Quanto à metodologia, analisaremos a construção de alguns enunciados propagados pela mídia e os recursos multimodais utilizados para a representação de ideologias. Ao tentarmos compreender a constituição dos enunciados, optamos por fazê-lo por meio de uma sugestão de oficina pedagógica para alunos do Ensino Médio, dialogando com as perspectivas da Análise de Discurso Crítica. Consideramos, pois, necessária essa visão de usos diversos de linguagem, pelo professor e, consequentemente, pelo estudante, uma vez que nas práticas sociais de comunicação, os diferentes recursos funcionam em conjunto, sendo que cada modo interfere na realização de significados e de ideologias, desse modo, a construção de sentidos envolve a leitura da diversidade de recursos semióticos.

Minicurso 7 - Presencial

Tema: LETRAMENTO CIENTÍFICO E ATIVIDADES DE PESQUISA EM LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Ministrantes:

Shirlei Marly Alves (UESPI) é Doutora em Letras/Linguística (UFPE). Docente associada da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Membro do Laboratório de Leitura e  Escrita Acadêmicas (LEIA).

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 Luana Ferreira dos Santos (UESPI) é Graduada em Letras Português (UESPI). Especialista em Linguística Aplicada ao Ensino de Português na Educação Básica. Mestranda em Linguística.

 Link do currículo Lattes: https://lattes.cnpq.br/8643666764647377

 

 

Resumo do minicurso:

Em um mundo altamente tecnologizado, fruto dos avanços nos diversos campos da ciência, mais do que urgente se faz que a escola básica propicie aos estudantes a apropriação de conhecimentos sobre o fazer científico e suas formas de concretização, o que é mais recorrentes nos componentes relacionados às ciências da natureza, e menos visível nas ciências humanas, sobretudo, no âmbito nos estudos da linguagem. Neste minicurso, o foco está no ensino de língua portuguesa conforme orientações presentes em livros didáticos do ensino fundamental e do ensino médio, propondo um percurso de análise de atividades de pesquisa e como favorecem o letramento científico dos aprendizes. O estudo se ancora nos postulados teóricos de Freire (2002), Demo (2015), Bagno (2014), Kuhlthau (2010) e Cunha (2019), e nas orientações constantes  na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Este minicurso é fundamental, pois oferece aos educadores e estudantes uma compreensão crítica-reflexiva sobre a língua portuguesa, demonstrando que é possível ensinar e aprender de maneira analítica, efetivando a construção de conhecimentos.

Minicurso 8 - Presencial

Tema: ENSINO DE GRAMÁTICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: MOBILIZANDO A APRENDIZAGEM LINGUÍSTICA ATIVA NA CONSTRUÇÃO DOS CONHECIMENTOS MORFOLÓGICO, SINTÁTICO E SEMÂNTICO

Thayse Letícia Ferreira (UFPR) é Doutora em Linguística (UFSCar) e bolsista PIPD/CAPES (UFPR). Integra o grupo de pesquisa “Research on Education and Language Teaching (RELATE)” e a Comissão de Semântica e Pragmática da Abralin.

Link do currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2072872902614187

 

 

Rafael Dias Minussi (Unifesp) é Doutor em Letras pela USP. É professor associado do Departamento de Letras e da pós-graduação em Letras da UNIFESP. Integra a Comissão de Linguística na Educação Básica da Abralin.

Link do currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4273179791642866 

 

 

Julio William Curvelo Barbosa (Unespar) é Doutor em Linguística pela USP. É professor adjunto do colegiado de Letras Português da Unespar, campus de Paranaguá. Integra a Comissão de Linguística na Educação Básica da Abralin.

Link do currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7158959678497986

 

 

Resumo do minicurso:

Este minicurso pretende discutir questões de ensino de gramática e, de modo especial, abordar questões sobre o ensino de Morfologia, Sintaxe e Semântica na perspectiva da Aprendizagem Linguística Ativa (Pilati, 2017, 2018, 2024). A justificativa para sua realização se dá à medida que o ensino de gramática ainda carece de um trabalho sistemático, que una o conhecimento linguístico teórico à práxis em sala de aula e mobilize os diferentes níveis de análise linguística, visando o aprimoramento das habilidades de leitura e escrita dos estudantes de ensino básico. A metodologia levará em conta Lobato (2015, p. 20), que defende que o ensino de gramática deve adotar o procedimento de descoberta. Isto é, em vez de ser taxonômico, o ensino deve levar à descoberta. Para tanto, deve-se adotar a metodologia da eliciação - a apresentação ordenada de fenômenos - e a técnica de resultados, que permite a compreensão da relação direta entre estrutura e composição do significado na língua. Assim, por meio da apresentação de oficinas didáticas ilustradas com exemplos de materiais manipuláveis, o minicurso discutirá os três princípios da Aprendizagem Linguística Ativa, definidos por Bransford et al. (2007), como: (i) levar em consideração o conhecimento prévio do aluno; (ii) desenvolver o conhecimento profundo dos fenômenos estudados e (iii) promover a aprendizagem ativa por meio do desenvolvimento de habilidades metacognitivas. Com isso, espera-se contribuir com a formação de estudantes de Letras e professores da Educação Básica interessados no ensino de gramática e no aprimoramento de seus conhecimentos teóricos e práticas pedagógicas. O curso, portanto, destina-se a esse público alvo e disponibiliza 40 vagas. Além disso, o conteúdo programático divide-se do seguinte modo: Uma breve história do ensino de gramática nos currículos de Língua Portuguesa no Brasil; Princípios básicos da Aprendizagem Linguística Ativa; Ensino de morfologia: estrutura das palavras e classe de palavras; Ensino de sintaxe: constituintes e oração; Ensino de semântica: sentido, referência e anáfora; Apresentação e discussão de materiais manipuláveis em morfologia, sintaxe e semântica. Referências BRANSFORD et al. (orgs). Como as pessoas aprendem: cérebro, mente, experiência e escola. São Paulo: Editora Senac, 2007. LOBATO, Lucia. Linguística e Ensino de Línguas. In: PILATI, Eloisa et al. (Orgs.). Linguística e Ensino de Línguas. V2. Coleção Lucia Lobato. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2015 [1976]. PILATI, Eloisa. Linguística, Gramática e Aprendizagem Ativa. Campinas: Pontes, 2017. PILATI, Eloisa. Teorias linguísticas e Educação Básica: proposta congregadora. In: O apelo das árvores. Campinas: Pontes Editores, 2018. PILATI, Eloisa. Aprendizagem Linguística Ativa: Da Teoria à Gramaticoteca. Campinas: Pontes: 2024.Referências BRANSFORD et al. (orgs). Como as pessoas aprendem: cérebro, mente, experiência e escola. São Paulo: Editora Senac, 2007. LOBATO, Lucia. Linguística e Ensino de Línguas. In: PILATI, Eloisa et al. (Orgs.). Linguística e Ensino de Línguas. V2. Coleção Lucia Lobato. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2015 [1976]. PILATI, Eloisa. Linguística, Gramática e Aprendizagem Ativa. Campinas: Pontes, 2017. PILATI, Eloisa. Teorias linguísticas e Educação Básica: proposta congregadora. In: O apelo das árvores. Campinas: Pontes Editores, 2018. PILATI, Eloisa. Aprendizagem Linguística Ativa: Da Teoria à Gramaticoteca. Campinas: Pontes: 2024.

Minicurso 9 - Presencial

Tema: ENSINO DE LÍNGUAS E JUSTIÇA SOCIAL: CRIANDO PROJETOS PARA ALÉM DOS MUROS

Mauricio J. Souza Neto (IFBA/FAPESB) é Mestre e Doutorando em Língua e Cultura pela UFBA. Atua como professor EBTT no Instituto Federal da Bahia.

Link do currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0273231244136062

 

 

Resumo do minicurso: Ensinar e aprender línguas não é apenas um exercício de decodificação de signos, mas um ato político e histórico, um movimento de (re)existência que inscreve corpos e memórias na tessitura do mundo. Como nos lembra bell hooks, a sala de aula pode ser um espaço de amor e transgressão, mas também um campo de batalhas discursivas, onde a linguagem pode tanto perpetuar violências quanto ser uma ferramenta de libertação. Toni Morrison (1993) nos ensinou que a língua não é apenas um veículo do pensamento: ela é a própria matéria com que se constroem mundos. Línguas podem ser cárceres, estruturas que limitam o conhecimento e cristalizam opressões, mas também podem ser asas, forjadas na oralidade e na escrita, para voarmos para além do que nos disseram ser possível. A educação linguística, como propõe Gloria Ladson-Billings (2021), deve ser culturalmente relevante e comprometida com a justiça social, pois toda pedagogia é política. Ensinar línguas exige olhar para as estruturas de poder que sustentam desigualdades e desafiar as narrativas coloniais que insistem em reduzir a linguagem a um código neutro. Mais do que ensinar gramática, é preciso ensinar a língua como espaço de luta, como território de disputa e de afirmação identitária. Pensando nisso, neste minicurso, revisitaremos conceitos como língua, linguagem, educação linguística, diversidade, inclusão e justiça social, compreendendo a pedagogia das línguas como um espaço de guerrilha contra as violências de sexo, corpo, gênero, raça, sexualidade e classe. Trabalharemos com atividades e estratégias que revelem as fissuras do discurso opressor e nos permitam forjar novas narrativas para além dos muros da escola. Porque ensinar línguas é também ensinar a lutar, e lutar é a forma mais bela de existir.