ME 3 - As vozes dos profissionais do AEE na educação básica e no ensino superior
Coordenador da mesa: Carlos Eduardo Rocha dos Santos (UNIAN)
Profa. Me. Jorgina de Cássia (Centro de Apoio Pedagógico-Ipiaú/Ba)
O Atendimento Educacional Especializado no Centro de Apoio Pedagógico de Ipiaú- CAPI
A garantia de um atendimento educacional de qualidade, que possibilite o pleno desenvolvimento das potencialidades dos educandos com Necessidades Educacionais Especiais –NEE - tem sido o grande desafio das escolas regulares e especializadas. No que se refere às escolas regulares, ainda há uma necessidade de redimensionar o fazer pedagógico, a fim de atender o aluno com NEE em flexibilização curricular, estrutura física, orientação metodológica e outras demandas. Quanto às instituições especializadas, uma das maiores dificuldades é encontrar profissionais com formação na área específica de atendimento, além da carência de parcerias com profissionais da área clínica como psicólogos, fonoaudiólogos, neurologistas, dentre outros. O Centro de Apoio Pedagógico de Ipiaú -CAPI foi criado com o objetivo de atender aos alunos com necessidades especiais inseridos nas escolas regulares, aos professores destes alunos, às suas respectivas famílias e promover a formação continuada para os professores do Atendimento Educacional Especializado - AEE e comunidade em geral interessada na temática educação especial e inclusão. Assim, durante a apresentação trataremos sobre o processo de implementação do CAPI, atendimento, conquistas e dificuldades vivenciadas pelos envolvidos no AEE como também na fomentação da inclusão municipal.
Profa. Ana Cláudia Gonçalves Santos (Centro de Apoio Pedagógico-Ipiaú/Ba)
Matemática: representações, símbolos, códigos e algoritmos
A matemática está cada vez mais presente no nosso dia a dia, em tarefas simples do cotidiano, como verificar horas, passar troco, quantificar alimentos, entre outras. Atividades que são realizadas com naturalidade pela maioria dos alunos, mas que ao se deparar com a matemática formal, muitas vezes, não estabelece relação com o conhecimento adquirido. Nessa mesa discutiremos a experiência vivenciada no projeto “Matemática: representações, símbolos, códigos e algoritmos”, enfocando o ensino de matemática para surdos, mediado pela língua de sinais, juntamente com estratégias visuais de ensino adequadas à compreensão em atividades interdisciplinares envolvendo o conhecimento matemático, visando o desenvolvimento do raciocínio dedutivo e lógico matemático. Os participantes foram os alunos matriculados no Centro de Apoio Pedagógico de Ipiaú, área de surdez, nos três níveis de ensino (básico, intermediário e avançado. Durante a exposição, traremos as experiências matemáticas dos alunos surdos quanto à percepção de dinheiro (educação financeira), pesquisa, linguagem e representações, cálculos, jogos e os resultados da aplicação do projeto em observância das realidades e necessidades dos alunos.
Profa. Dra. Marina Helena Chaves Silva (UESB/BA)
Importância do NAIPD/UESB como espaço de inclusão
Pretendemos neste relato apresentar as medidas desenvolvidas pelos profissionais do Núcleo de Ações Inclusivas para Pessoas com Deficiência (NAIPD), campus de Jequié, no intuito de remover barreiras que dificultam a aprendizagem e, consequentemente, a formação de estudantes com deficiência nos diferentes cursos ofertados pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). De início, pretendemos tecer considerações sobre a origem desse núcleo de acessibilidade, sua importância, estrutura organizacional, dispositivos legais que norteiam as nossas ações, caracterização do público-alvo atendido e, por fim, nos deteremos nas experiências e vivências que giram em torno da trajetória acadêmica do discente surdo do curso de Licenciatura em Matemática.