Este minicurso propõe uma análise crítica e histórica das desigualdades socioespaciais, problematizando a construção e a apropriação dos territórios. Com uma abordagem interdisciplinar, pretende-se examinar a formação das desigualdades territoriais a partir de múltiplos fatores sociais, políticos, econômicos, ambientais e culturais que moldam os espaços e condicionam o acesso a direitos. Partimos da compreensão de que o território não é uma base neutra, mas sim o resultado de disputas históricas e atuais por poder, pertencimento e existência. Nesse sentido, são debatidos os efeitos duradouros da colonização, da escravização e do racismo estrutural, bem como os processos de apropriação seletiva de recursos e concentração de investimentos. A proposta destaca os modos como essas dinâmicas impactam de forma desigual grupos sociais historicamente marginalizados, como os povos indígenas, comunidades quilombolas e populações periféricas urbanas e rurais. Ao evidenciar resistências construídas nesses territórios – seja por meio de luta por direitos, práticas culturais, autogestão ou reterritorialização – o minicurso estimula uma leitura crítica sobre esses espaços. O objetivo é estimular uma reflexão aprofundada sobre a dimensão espacial da justiça social, conectando o passado às manifestações contemporâneas das desigualdades e seus desafios.

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