Mesa-Redonda

1. ABORDAGEM DA EDUCAÇÃO CIENTÍFICA NA LINGUÍSTICA APLICADA

Wagner Rodrigues Silva (UFT/CNPq)

RESUMO: Em minha exposição analisarei a abordagem da educação científica, construída para aulas de Português como Língua Materna no grupo de pesquisa Práticas de Linguagens – PLES (UFT/CNPq). Para tanto, focalizarei diretamente duas ferramentas pedagógicas idealizadas no processo de construção da referida abordagem, Circuito da Educação Científica (CEC) e Unidade Didática (UD), destacando as funções exercidas pelos gêneros textuais no planejamento de situações educativas. Trata-se um trabalho situado no campo indisciplinar da Linguística Aplicada, o que justifica uma construção dialógica entre pressupostos teóricos e metodológicos mobilizados, no próprio processo de elaboração do trabalho científico. As escolhas metodológicas comprometidas com a produção de saberes teóricos para a LA e de saberes práticos para o ensino de língua materna possibilitaram caracterizar o trabalho científico como uma Pesquisa Baseada em Design (PBD). Os conceitos de texto, gênero, letramento e ensino crítico ilustram os principais pressupostos utilizados na composição da fundamentação teórica. As ferramentas focalizadas possibilitam a seleção e a organização de diferentes gêneros textuais em planejamentos pedagógicos informados pelo que se tem concebido como práticas escolares de linguagem – oralidade, escrita, leitura e análise linguística. Esse trabalho com gêneros permite que os estudantes se debrucem sobre atividades analíticas envolvendo saberes e práticas características de pesquisas em torno da língua(gem), contribuindo para o desenvolvimento da alfabetização científica. Também permite que sejam inseridos em práticas constitutivas do trabalho científico, como elaboração de perguntas ou objetivos de pesquisa, planejamento e realização de comunicação oral, alcançando o desenvolvimento do letramento científico.

PALAVRAS-CHAVE: inovação; material didático; formação de professores.

 

2. ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA PERSPECTIVA DOS LETRAMENTOS: UM OLHAR PARA AS DISSERTAÇÕES DO PROFLETRAS

Amanda Cavalcante de Oliveira Lêdo (UPE)

RESUMO: A perspectiva dos letramentos concebe a leitura, a escrita e a oralidade como práticas sociais situadas. Os eventos de letramento se constituem como ocasiões em que os textos – que participam de diferentes gêneros - mediam as interações (Street, 2014). No cenário nacional, os documentos oficiais orientam que o ensino de línguas deve ser feito a partir da diversidade dos gêneros textuais que circulam na sociedade (Brasil, 2017). Neste contexto, torna-se relevante refletir sobre como os conceitos de letramentos e gêneros textuais têm sido incorporados à pesquisa e ao ensino de língua portuguesa. Para isso, serão analisados os Trabalhos de Conclusão Final do Programa de Mestrado Profissional em Letras – PROFLETRAS, programa em rede nacional que se destina à formação de docentes que atuam em sala de aula e exige a elaboração de uma proposta interventiva. A presente comunicação compõe a mesa-redonda “Ensino da Língua Portuguesa na Perspectiva dos Gêneros e dos Letramentos” objetiva analisar como os pressupostos teóricos da abordagem dos letramentos e dos gêneros são incorporados às dissertações dos PROFLETRAS. Para isso, será realizado um levantamento dos trabalhos no repositório institucional. Espera-se que o estudo possa oferecer um panorama que permita a reflexão sobre as práticas atuais de ensino de língua portuguesa a partir dos gêneros textuais.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de língua portuguesa; análise de dissertações; ensino de gêneros textuais.

 

3. GÊNEROS ORAIS E LETRAMENTOS: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE E A ESCOLA BÁSICA

Profa. Tânia Guedes Magalhães

RESUMO: Nessa apresentação, trazemos reflexões sobre as práticas de oralidade realizadas na escola básica e na formação docente em cursos de Licenciatura. Buscamos discutir a necessária presença de estudos reflexivos sobre gêneros orais na formação de professores em contexto acadêmico, assim como de experiências de oralidade reais durante a graduação, com vistas a alcançar repercussões mais frutíferas na escola básica, onde ainda não há uma consolidação de ações docentes com o eixo da oralidade. Retomamos pesquisas e práticas extensionistas anteriores com gêneros orais, principalmente aquelas vinculadas ao Laboratório brasileiro de oralidade, formação e ensino – LABOR, dada a necessidade de reforçar que a oralidade é prática de linguagem presente na BNCC, articulada à leitura, à escrita e à análise linguística; contudo, em geral, o trabalho com o oral é minimizado, fato que fica evidente em pesquisas realizadas em materiais didáticos, nos currículos oficiais da educação, nas vivências escolares e na formação docente. Por fim, reiteramos a necessidade de implementar novas experiências com gêneros orais em cursos de Licenciatura que possam trazer resultados mais impactantes para o desenvolvimento de capacidades de linguagem de crianças e jovens da educação básica, para sua participação social pela linguagem em variados contextos.

PALAVRAS-CHAVE: gêneros orais; formação docente; oralidade na educação básica; práticas de oralidade; BNCC.

Moderadora: Lucirene da Silva Carvalho (UESPI/PROF.LETRAS)

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