Coordenadora da mesa: Lessandra Marcelly Souza da Silva (Unopar - PR)

Prof. Me. Edmilson Ferreira Júnior (UESC/BA)

Modelagem na educação como estratégia de ensino: possíveis contribuições para inclusão de estudante com deficiência intelectual

Esse relato enfocará resultados de uma pesquisa que envolveu a participação de uma estudante com Deficiência Intelectual (DI) no contexto da inclusão, que teve como objetivo investigar as possíveis contribuições de uma proposta de ensino fundamentada na abordagem da Modelagem na Educação (Modelação) na aprendizagem de Geometria. A pesquisa foi realizada em uma turma do 7º ano do Ensino Fundamental com 31 estudantes, sendo uma estudante com DI, em escola pública estadual do município de Ilhéus – Bahia. Espera-se apresentar as vivências obtidas pelo professor-pesquisador, os desafios enfrentados, as surpresas e a interação da estudante com DI durante a realização da intervenção. Por meio da modelagem matemática, a proposta de ensino abordou a construção de um modelo que pudesse representar a melhor rota do caminhão do lixo no bairro onde se situa a escola. Na discussão abordam-se os estudos correlatos em relação ao tema, os dispositivos legais sobre a Educação Especial na perspectiva inclusiva, a abordagem da Modelagem Matemática como estratégia de ensino, os aspectos relacionados ao ensino e aprendizagem da pessoa com DI e as possibilidades da experimentação de estratégias de ensino que podem contribuir com a aprendizagem em matemática.

Mta. Cristiane Teixeira Cordeiro Fonseca (IFES)

Os desafios de uma pesquisa sobre Discalculia na Pós-graduação

Pesquisar sobre a Educação Matemática Inclusiva sempre foi um desafio em todas as etapas de ensino, e na Pós-graduação não é diferente.  Ainda são poucas as pesquisas nesta área em nosso país, em particular no estado do Espírito Santo, de onde faço minha pesquisa. A pesquisa sobre distúrbios de aprendizagem, ainda mais, são quase escassos. Minha pesquisa de mestrado é sobre a discalculia, um distúrbio de aprendizagem matemática que afeta muitas crianças em idade escolar, embora a grande maioria não seja reconhecida. Em nosso estado encontramos poucos profissionais que conheçam e saibam diagnosticar tal distúrbio, o que se apresenta como mais um desafio para nossa pesquisa. Sem contar com o atual cenário da pandemia do novo Corona vírus, dificultando o contato com a criança sujeito da pesquisa e a realização das etapas previstas no percurso metodológico. Todos estes desafios levam a mudanças e redirecionamentos dos planos para a pesquisa.

Dta. Nadjanara Ana Basso Morás ( UNIOESTE)

Estudante da Pós-graduação e professora da Educação Básica: o relato

O estudo a respeito da inclusão de estudantes surdos no ensino regular comum vem constituindo um campo de crescentes investigações. Esse aumento estar atrelado ao acesso destes estudantes no ensino comum, principalmente após o estabelecimento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência de ser estudante da Pós-graduação e professora de surdos da Educação Básica simultaneamente. A primeira parte é composta pela experiência no Mestrado, como o tema “inclusão de alunos surdos no ensino regular”. Apresenta-se o caminho percorrido para transformar um problema de ensino em um problema de pesquisa, os cuidados tomados ao realizar a coleta de dados, e algumas conclusões da pesquisa. A segunda parte é constituída pela vivência no Doutorado, em andamento, trata da educação inclusiva para surdos, mais especificamente na área da Educação Matemática Inclusiva. Narra-se o desafio de aproximar teorias complexas da Educação Matemática com o contexto da Educação Inclusiva. No final do relato, apresentam-se inferências a respeito do maior aprendizado de ser pesquisadora e professora de surdos da Educação Básica.

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