Coordenador da mesa: Fábio Alexandre Borges (UNESPAR)

Profa. Dra.  Eurivalda Santana (UESC/BA)

Equidade e Educação Matemática: experiências de pesquisas

As pesquisas na área da Educação Matemática que abordam a equidade têm evidenciado a necessidade de ampliar a discussão, tanto no que se refere a formação do professor, quando a produção de materiais didáticos e a aprendizagem dos estudantes. Nos Estados Unidos essas discussões têm sido intensificadas pelas questões étnicos raciais e sócio econômicas. No Brasil, as pesquisas ainda não tomaram a robustez que precisa. Nesse contexto, a Rede Educação Matemática Nordeste (REM-NE) iniciou em 2018, o processo de pesquisa em escolas públicas com vistas a examinar a percepção dos professores a respeito da equidade da aprendizagem dos estudantes, a partir do desenvolvimento de sequências de ensino. A equipe de pesquisadores desenvolve processos formativos com os professores que ensinam matemática, com vistas ao seu Desenvolvimento Profissional e, nesse processo são planejadas e, depois desenvolvidas, com os estudantes, sequências de ensino baseada em aulas investigativas com a abordagem de conceitos estatísticos. Os resultados indicam que os professores passam a perceber a influência do ação desenvolvida quando o conhecimento que passa a ser expresso pelos estudantes se afasta da aprendizagem por memorização e se aproxima da compreensão de fatos e fenômenos associados a realidade em que vivem, além das possibilidades de inclusão de estudantes com dificuldades de aprendizagem e com síndrome de down, surdez e cadeirantes.

 

Prof. Dr. Edmar Reis Thiengo (IFES)

Somos sujeitos de direitos!

Embora esta seja uma noção abstrata, em termos práticos, nós que atuamos em instituições educacionais não podemos perder de vista o respeito; respeito pelo outro e respeito por nós mesmos. O ambiente escolar é composto por uma diversidade de pessoas, cada uma com suas crenças, valores, preferências, opções e práticas; isso inclui nossos colegas educadores. Um ambiente escolar saudável é aquele que promove um clima de respeito mútuo, afastando todo e qualquer tipo de violência, seja ela simbólica, psicológica, institucional ou física, pois assim teremos a possibilidade de um ambiente de aprendizagem em todos os sentidos. Conflitos acontecem principalmente pela ausência do respeito entre os sujeitos, daí a necessidade da mediação tendo em vista a equidade. A Educação Matemática considera a diversidade sexual e de gênero, a diversidade religiosa, a diversidade étnico racial e mais uma diversidade de diversidades. Nesse sentido, o educador matemático necessita refletir sobre os direitos humanos, bem como os deveres. São princípios de uma Educação Matemática trabalhada na perspectiva inclusiva. Estas questões permearam algumas das pesquisas que realizamos e serão objeto de discussão nesta mesa redonda.

Profa. Dra. Ana Carolina Faustino (UFMS)

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