GT - POLÍTICAS IDENTITÁRIAS: A EDUCAÇÃO COMO CAMPO DE TENSÕES E DISPUTAS

Passado o período em que submergimos em meio ao grande oceano do fascismo, retrocedendo, exponencialmente, no campo dos direitos e das políticas públicas, principalmente, as identitárias, conseguimos subir à superfície e, finalmente, voltar a respirar. Contudo, não há como negar que as reformulações impostas pelo movimento conservador/neoconservador ainda refletem - e refletirão por tempo indeterminado - em nosso cotidiano, movimento este que saiu extremamente fortalecido do último pleito eleitoral, ao levarmos em consideração a composição do atual legislativo federal. A educação, e os profissionais que dela fazem parte, assim como outros espaços de articulação social, segue configurando-se enquanto um território de resistência, onde temos a possibilidade de tecer reflexões em torno das disputas no campo de (re)construção das políticas sociais, sobretudo, as voltadas para as questões de gênero, sexualidade e étnico-raciais. O que tais disputas significam? Quais seus objetivos? Estaremos “à salvo” de novos retrocessos no campo dos direitos ou devemos nos preparar para novas anulações? Qual o papel da educação em meio a este cenário e quais as potências que dali emergem? Estas são algumas das inquietações e provocações que orientam o presente grupo de trabalho. Nosso objetivo é criar um espaço de diálogo onde possamos construir análises críticas, com base em teorizações que partem dos conhecimentos em educação, acerca das disputas travadas no âmbito das políticas identitárias, na intersecção de múltiplas pautas, reunindo contribuições, tanto ontológicas quanto epistemológicas, que mirem na salvaguarda de nossas - parcas - conquistas e a garantia de suas permanências.

Coordenação: 

William Roslindo Paranhos - Universidade do Estado do Rio de Janeiro 

Marlon Silveira da Silva - Universidade do Estado do Rio de Janeiro 

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