RACHANDO AS ESTRUTURAS: A ESCRITA COMO POSSIBILIDADE DE VAZAMENTOS
MINICURSO: RACHANDO AS ESTRUTURAS: A ESCRITA COMO POSSIBILIDADE DE VAZAMENTOS
MINISTRANTE: William Roslindo Paranhos - Pessoa não-binária, pessoa com deficiência, militante dos Direitos Humanos e pai da Maya. É também conhecida como Will Paranhos. Pedagoga. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), na linha de pesquisa Currículo: sujeitos, conhecimento e cultura. Mestra em Engenharia e Gestão do Conhecimento (aprovada com Louvor) pelo PPGEGC da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tendo dissertação premiada no KMBrasil 2021, promovido pela Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento. Coautora do livro: "DIVERSIDADES: O BÊ-Á-BÁ PARA A COMPREENSÃO DAS DIFERENÇAS", prefaciado pela Prof.ª Dra. Berenice Bento (UNB). Atualmente é técnica pesquisadora em ciências da educação no Grupo de pesquisa EDUSEX - Formação de educadores e educação sexual (UDESC/CNPq) e estudante do Giros Curriculares: cultura e diferença (CNPq/UERJ). Possui especialização em Estudos de Gênero e Diversidade na Escola (UFSC), Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e o Mundo do Trabalho (UFPI) e Gestão Escolar (Unifatecie). Professora conteudista da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), do Centro Universitário FMU e do Sistema Positivo, além da Laureate International Universities, onde também atua como parecerista e produtora de planos de ensino para pós-graduação. É membra da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisas em Educação (ANPEd) no GT de Currículo. Consultora, palestrante e (desin)formadora para instituições de ensino, organizações públicas, privadas e do terceiro setor. Possui experiência nas áreas de: estudos subalternizados; estudos cuir/queer; estudos da diferença; estudos de gêneros e sexualidades; pós-estruturalismo; pedagogia da experiência; interseccionalidade; subjetividades, diferenças e diversidades em escolas e organizações; organizações e instituições de ensino saudáveis; formação docente; alfabetização e letramento. É autora de capítulos de livros e artigos em anais de eventos e periódicos nacionais e internacionais.
RESUMO DO MINICURSO: Por meio de um exercício poético-artístico-político, o objetivo do presente minicurso é abrir caminhos, construir possibilidades e rachar as estruturas rígidas do campo da pesquisa. Parte-se, primeiramente, da tese de Gayatri Spivak, a qual apresenta uma historiografia das violências epistemológicas que tornaram-nos - e ainda nos tornam - subalternizades e. Posteriormente, abrigamo-nos na “escrevivência”, prática cunhada pela escritora e negra, Conceição Evaristo, como possibilidade de reunião, confabulação e insubmissão. Por fim, criam-se conexões a partir das experiências pessoais, transcrevendo as fabilações idealizadas que constituem uma contraprodução a fim de vazar por meio da rigidez posta, formando uma (re)união com outras escritas insubmissas na constituição de uma multidão materializada na arte de escrever.
EMENTA: Apagamentos epistemológicos: a subalternização em Spivak. Vazando e expressando: as escrevivências em Conceição Evaristo. Constituindo-se em contraprodução e experienciando as potencialidades em (re)união.
OBJETIVOS: Criar um espaço de discussão e possibilidades em torno da prática da escrita como ferramenta contraproducente que provoque rachaduras no cânone acadêmico-científico.
METODOLOGIA: O curso será dividido em quatro partes. Nas duas primeiras, expositivas, dialoga-se em torno da subalternização e das escrevivências. No terceiro boco, o convite é ao exercício da escrita. Por fim, promove-se uma roda de compartilhamento onde as escritas afetam e são afetadas por meio do diálogo.
CARGA HORÁRIA: 3 horas.
PÚBLICO-ALVO: 20 participantes