Coordenadora da mesa: Jurema Lindote Botelho Peixoto (UESC)

Prof. Dr. Guilherme Henrique Gomes da Silva (UNIFAL)

Educação Matemática Inclusive e as ações afirmativas no ensino superior: possibilidades de encontros entre diferenças

O educador matemático Ole Skovsmose nos oferece uma interessante ideia a respeito da educação matemática inclusiva. Para ele, a educação matemática inclusiva pode ser interpretada como encontros entre diferenças no âmbito da educação matemática. Essa interpretação possibilita um melhor entendimento sobre espaços inclusivos no âmbito da pesquisa em educação matemática. Com essa interpretação, no ensino superior, por exemplo, refletir sobre a forma como estudantes pertencentes a grupos sub-representados nesse nível de ensino acessam a universidade, suas estratégias de permanência e sobrevivência material e acadêmica em cursos da área de exatas, as barreiras que encontram, entre outras questões, passam então a fazer parte da agenda da pesquisa em educação matemática. Nesse sentido, durante a mesa redonda “Diferença, Diversidade, Inclusão e as (in)tolerâncias” do II Encontro Nacional de Educação Matemática Inclusiva, discutiremos alguns elementos que se relacionam a possibilidades de encontros entre diferenças no âmbito de cursos superiores da área de ciências exatas, relacionando as ações afirmativas com a educação matemática. Para isso, apresentaremos nossa trajetória de realização de pesquisas nessa direção e apontaremos possibilidades de ampliação dessas pesquisas.

Prof. Dr. Renato Marcone José de Souza (UNIFESP)

Profa. Dra. Amanda Queiroz Moura (Rede Privada/SP)

Diferença, Tolerância e Justiça Social

A perspectiva da Educação Matemática Crítica, tem nos ajudado a compreender e discutir educação matemática e inclusão de diferentes maneiras. Ole Skovsmose nos convida a interpretar os movimentos de inclusão como encontros entre as diferenças. Com base nesta interpretação, é possível pensar em como esses encontros podem vir a contribuir com a busca pela equidade e justiça social, bem como, para a prática da tolerância (no sentido Freiriano) entre os diferentes. Assim, durante a mesa redonda “Diferença, Diversidade, Inclusão e as (in)tolerâncias” do II Encontro Nacional de Educação Matemática Inclusiva, discutiremos aspectos relacionados as interações entre os diferentes nas aulas de matemática, as possibilidades de leitura e escrita do mundo com matemática que se abrem a partir de novas formas de interação nessas aulas e a tolerância, que pode ser praticada nos encontros entres os diferentes em espaços educativos. Para isso, serão apresentados aspectos da teoria e da prática relacionados a pesquisas envolvendo esses temas, bem como possibilidades para ampliação da compreensão da inclusão dentro desta perspectiva.

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