Ministrantes: Paloma Raquel de Almeida (UFPE) e Me. Sérgio Antônio Silva Rêgo (UFPE)

A pluralidade das mulheres e dos estudos de gênero leva à diversidade enquanto múltiplas possibilidades de ser, estar e reconhecer-se. Nesse sentido, os feminismos latino-americanos consideram a heterogeneidade da formação de seu povo e, a partir disso, constrói uma visão solidária e de educação popular e comunitária, na qual as diferenças são reconhecidas, problematizadas e dialogadas. Esta percepção busca construir uma lógica na qual as mulheres rompam as teias do patriarcado, para, juntas, tecerem relações mais justas e solidárias entre os seres humanos. Esta solidariedade, quando dada entre mulheres que trabalham na busca de objetivos comuns, apesar das diferenças, está contida na sororidade. Segundo Marcela Lagarde (2015), a sororidade é um princípio de ética feminista que toca a subjetividade e a política patriarcal e gera uma mudança intelectual e afetiva transgressora, representada pela empatia para com a outra equivalente, investida de direitos (LAGARDE, 2015, p. 311). Assim, este minicurso tem como objetivo apresentar noções sobre sororidade a partir do pensamento feminista latino-americano de Marcela Lagarde, cuja obra servirá de base para as discussões. Será escolhido um texto central dentro da obra desta autora que contenha as suas principais ideias em torno da sororidade, a partir do qual será realizada a discussão com o grupo. Ao final, será realizada atividade na qual as/os participantes proporão ações sororais em seu cotidiano. Acreditamos que revisar as práticas discriminatórias entre as próprias mulheres e construir, conjuntamente, uma nova via, na qual a irmandade entre as mulheres seja visibilizada e incentivada, constitui uma importante contribuição deste minicurso para a formação profissional e crítico-reflexiva daquelas/es que trabalham com a educação nos mais diversos âmbitos.

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